Não quero ser trágico, maluco ou idiota, mas, conforme cantava Raul Seixas, o último trem está chegando e trazendo de longe as cinzas do velho aeon; fumegando, apitando e chamando os que dele sabem; Quem vai chorar, quem vai sorrir? Quem vai ficar, quem vai partir?
Sábado último acordei e resmunguei, olhando-me no espelho - pra essa cara lisa e pálida - que não iria mais escrever sobre as corrupções que vêm acontecendo - ainda bem que o Jader voltou para renunciar.
Mas, já que é difícil parar, da noite para o dia, o que se faz, ainda mais quando se está tão acostumado, abri uma exceção.
Entretanto, não falarei de um caso específico, mas do todo.
No mundo inteiro só se fala disso, são fóruns e fóruns concluindo que o pior mal não é a violência, o desemprego, a seca, nem nada desse tom, mas sim a corrupção, ou em clara palavras: a falta de amor ao próximo, como prefiro chamar.
Isso faz eu lembrar um aviso que o mestre, fez: “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fome, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Estas coisas são os princípios das dores.”
**Terremotos: cerca de 17.623, dezessete vezes o número registrado em 1999, aconteceram no ano passado, segundo as estatísticas da Agência Meteorológica publicadas pela imprensa.
**Guerras: Ora! Isso não é novidade. O século passado foi palco de várias, inclusive duas mundiais.
E olha que nem é preciso citar o terrorismo ao World Trade Center
Timóteo, aliás acaba passar na minha cabeça, também já escreveu:.
“Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”
E, como na primeira linha, repito: não quero ser trágico, maluco ou idiota, mas, conforme cantava Raul Seixas, o último trem está chegando e trazendo de longe as cinzas do velho aeon; fumegando, apitando e chamando os que dele sabem; Quem vai chorar, quem vai sorrir? Quem vai ficar, quem vai partir?
Têm mais: “Vê, é o sinal, é o sinal das trombetas, dos anjos e dos guardiões; Ói, lá vem Deus, deslizando no céu entre brumas de mil megatons; Ói, ói o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral”
