Você já leu algum folheto de Cordel? Não! Nas bancas de jornais e revistas, existem histórias interessantes. O mais antigo vendedor de literatura de Cordel é Roberto Rocco. Sua banca, hoje no início da rua Américo Brasiliense, já ocupou espaço na lateral da porteira que, havia na velha estação férrea da Mogiana. Em meio aos apitos e fagulhas da Maria Fumaça, vendia Cordel e Gibis. Naqueles tempos, havia discriminação escolar ao leitor de história em quadrinhos.. A revista nova Escola, em abril de 1.998. reporta: -“As boas lições que aparecem nos gibis” e mostra crianças usando-os como material didático. O MEC, recomenda o seu uso. “ por associarem imagens e textos, os gibis ajudam as crianças a aprender a ler e avançar rapidamente na leitura. O cordel, chegou em Ribeirão Preto, com a Editora Melodias e com o trabalho de Rodolfo Colho Cavalcante por todo o Brasil. O cordelista morando em Salvador, próximo ao Mercado Modelo, editava seus folhetos e vendia-os em varais, ao mesmo tempo em que editava o jornal Brasil Poético, escrevia no Folha do Subúrbio de Camaçari-BA e presidia entidades literárias nacionais.Inspiração fértil, mais de 1.800 folhetos, entre eles “ A moça que bateu na mãe e virou cachorra” com quase dois bilhões de cópias vendidas. Quando colunista no Diário de Notícias escrevi bastante sobre Rodolfo.... Falecido em 1.986, nossa cidade consagrou-lhe em nome de rua e confirmou a data de 12 de março, Dia Municipal da Literatura de Cordel. O gênero é usado na prática pedagógica das escolas estaduais e tele-cursos. Ajuda na alfabetização infantil e de adultos conforme estudos realizados por especialistas. A FTD tem o livro de Ruth Rocha e Ana Flora – Escrever e criar... é só começar... O PNLD diversas histórias e a Secretaria da Educação, Autores de Cordel, 1986. Na época dos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses e saxônicos, o Cordel já existia. No século XI, chegou a península Ibérica (Portugal e Espanha). Cordel é Cultura! Leia!Pesquise! Declame! Promova projetos de poesia e consagre espaço para os poetas de sua região. O Cordel está presente nos núcleos de língua-portuguesa do Japão, Holanda, França, USA e Brasil com destaque para a Biblioteca Nacional. Temos diversas arcádias: Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel e Academia Brasileira da Literatura de Cordel. Jorge Amado era fã de cordelistas e trovadores.