Ai,
quanta vontade
de rever minha doce mãe,
ouvir seus conselhos,
arrancar-lhe um meigo sorriso
e matar a saudade.
Saudade dolorida,
do afeto que recebia
e das horas de dificuldades,
quando sempre me socorria,
a mãe tão querida.
As cartas enviadas,
que a mim ela escrevia,
como versos carinhosos,
todas traziam a inspiração,
da eterna poetisa.
Doce é a lembrança,
das reuniões que fazia e
vinham todos para o seu lado...
filhos, sobrinhos e amigos,
até mesmo a vizinhança.
Também de saudade,
muito ainda o parceiro sofre
e creio que sempre irá sofrer,
por tudo que representava,
a mãe da lealdade.
Impossível descrever,
tantas coisas maravilhosas,
vividas com a presença dela
e que hoje é só lembrança,
docemente dolorosa.
Ai,
quanta vontade,
irresistível e sem defesa,
porém que impedir não pode,
minha mãe onde você estiver,
de receber este beijo.
Um grande beijo, minha mãe. . .
AdeGa/96
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