ERVA ALEATÓRIA
Um vento zunindo no osso,
aquela flor no fosso.
Logo sobre aquele
marfim exposto?
Desejo de ser colhida
fora da colheita
e morrer sob um sol fosco?
É essa erva um eco, uma
química, suja, pura?
Rega-a o tempo,
a linguagem? As estações
são a linguagem do tempo?
A chuva percorre os ossos?
Simples como todo mistério
que o homem toca, violenta,
transforma, multiplica,
contempla e ama?
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