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Poesias-->POEMA -- 16/02/2002 - 00:09 (Luiz Gonzaga Neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


POEMA



poemas são vasos onde terras nascem de flores,

são ovos podres ou bocas se anunciando,

são contêineres nos porões dos oceanos,

são arquiteturas de ausências.



poemas são berços de bebês,

são carrinhos de madeira feitos à mão,

são estradas abertas e por se abrir,

são grandes espaços onde se esquecer.



poemas são cabeças de bois,

são câmeras para exímios amantes,

são camas onde musas deitam,

são sarcófagos de grandes sacerdotisas.



poemas são filhos, beijos,

salões de baile e bares,

são lençóis, são folhas, são sabres.

poemas são pênis, vaginas e ânus.



poemas são campos onde se morrer,

são confessionários, são esconderijos,

são trincheiras, são bumerangues,

são labirintos onde imagens geram espelhos.



poemas são formações de saúvas sobre neves,

são calçadas onde se apostar 50 figurinhas e perder.

são campos de futebol driblando loteamentos,

são apartamentos para misantropos e filantropos.



poemas são ruas para prisioneiros,

são hospitais de onde doentes se recusam a sair,

poemas são portadores aflitos de amor,

são naves que reinventam terras prometidas.



poemas são rios e bicicletas,

são guitarras e guilhotinas,

são estações para os trens do tempo,

poemas são casas onde se viver.



poemas são empresas transportadoras de dores,

são grandes e pequenos hardwares,

são formigueiros semânticos,

são flautas abandonadas em barrancos.



poemas são cordilheiras e seus penhascos,

são arenas e antenas, corpos vivos e mortos,

são roupas de palhaços,

são pedras decantando.













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