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Contos-->"FIEL COMPANHEIRO" -- 27/04/2000 - 15:31 (MARIA DA CONCEIÇÃO MATOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com apenas dez anos de idade, a minha Gê deparou-se pela primeira vez com ele. Nunca mais o abandonou.
Foi amor à primeira vista. E que amor! daquele dia em diante, tornou-se o seu inseparável companheiro. De todas as horas, de anos a fio...

- Olha menina, se você não deixar dele, eu vou lhe dar uma surra! E sabe com quê? Com bagaço de cana! Sabe como dói, não é? Vai ter que tomar banho de salmoura. Tenho até pena de você, mas acho, que só agindo assim, para esquecer este desgraçado de uma vez por todas. Maldita hora em que fomos à casa da sua tia Aninha. Também o filh...da...p... daquele negrinho enxerido, não tinha nada de inventar de te levar.O "Di" me paga.
Preto dos diabo! Olha como está essa menina, amuada pelos cantos da casa! Só pensa nele.
- Vai procurar o que fazer Geralda!
Eu estava pensando aqui com os meus botões: não seria bom se eu lhe botasse numa aula de corte e costura? Agente ia ter uma costureira só prá nós. Nada de pagar prá essas costureirinhas fajutas que andam por aí e que cobram os olhos da cara por um vestido qualquer.
A minha Gê, uma "modista"!
Fala alguma coisa, menina. Fica aí com esses olhos parados, que nem peixe morto, olhando prá lugar nenhum.É aquele maldito! O pensamento só tá nele. Quanto mais a mãe falava, mais a menina tinha os olhos para ele. Cada dia se apegava mais ao seu "único e verdadeiro amor". A mãe estava coberta de razão - era uma verdadeira obsessão! Ele já fazia parte integrante da sua vida.
Um verdadeiro feitiço.
Corria o tempo e ele, ali, como um cão de guarda.
Não havia companheiro mais fiel: na alegria ou na tristeza. Jamais lhe deixara na rua da amrgura. E que perfume irresistível! Uhm! Tentador. Como era verdadeiramente apaixonada por ele!
Paixão que não se curou.
................................................
-Cor...r...ru...cor...ru...uu...cor...rruu...u...
-O que é isso dona Geralda?
-É esta maldita tosse Isaura, que não me dá
sossego.Acho que vou morrer com ela. E com muita falta de ar, não sabe?
-É. Acho que vai sofrer um bocado, pois, é o que todos dizem.
-Seja feita a vontade de Deus!
Tem um isqueiro aí, Isaura? Meu fósf...for...o...cor...ru...rr...u... acabou. Meu ne...to, cor...ru...rr...va...a...i... comprar outro.
- Quer a bombinha, mãe? A senhora está com os lábios tão roxos!
- Que...ro...filha. É o meu alí...vi...o.
- Já lhe falei, mãe,larga dele! Esse malvado vai matar a senhora!
- Que nada, fi...lha! Ele é o meu "único e verdadeiro lenitivo", cor...ru...u...cor...ru...u... Vai morr...e...e...r...com...mi...go.

Anos após o primeiro encontro:
- Mas a senhora tá morrendo, mãe! Tá mesmo!
- Dá só um, filha... Unzinho só!...
Pela úl...tim...ma...vez!...
Pela úl...ti...ma...vez!...
Me perd...doa...filha!

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