Usina de Letras
Usina de Letras
130 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62231 )

Cartas ( 21334)

Contos (13263)

Cordel (10450)

Cronicas (22537)

Discursos (3239)

Ensaios - (10367)

Erótico (13570)

Frases (50628)

Humor (20031)

Infantil (5434)

Infanto Juvenil (4768)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140805)

Redação (3306)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6190)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->30. A NOSSA CONDIÇÃO ATUAL -- 16/09/2001 - 08:01 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Tanto falamos do passado que tememos deixar a impressão de que em nada melhoramos. Não estamos aptos a exercer o serviço socorrista, porque as nossas vibrações não seriam as mais adequadas para a influenciação benéfica das pessoas necessitadas de apoio energético de primeira mão. Mas, para a comunicação escrita, tudo bem, pois temos incondicional ajuda dos mestres, sempre prontos ao ensino oportuno e elevado, em consonância com a programação evangélica da Escolinha.



As mensagens, apesar de muito fracas, representam o máximo que temos para dar nesta fase do desenvolvimento dos estudos. Foram revistas por Resildo, que não desejou, porém, implantar o seu domínio sobre as diretrizes vernáculas do idioma português, recomendando-nos que imprimíssemos aos textos o cunho de nossa personalidade perturbada. Por isso, evitamos transmitir sob efeito de estremecimentos emotivos, para que algo restasse que pudesse ser aproveitado por encarnados que, como nós, se situam em faixa intelectual prejudicada por eventos de natureza exterior à vontade, como produto formal da consciência.



Sabemos, por exemplo, que o último parágrafo contém elementos doutrinários que merecem ser melhor explicados, porque, para muitos, não se justifica o fato de compreendermos as deficiências e de não as corrigirmos, tendo tempo e oportunidade para tanto. É como se fizéssemos questão de passar diretamente o primeiro rascunho, para não perdermos o tônus especial do nosso caráter, em detrimento do apuro que resultaria, com certeza, em aprimoramento da comunicação e, por conseguinte, melhor aproveitamento da parte dos leitores.



Mas a verdade é que somos também fracos no capítulo mediúnico, apesar de fazermos questão de rejeitar qualquer auxílio, porque, se nos dessem a possibilidade de imantação de nível superior, não evidenciaríamos os problemas. Sendo assim, muitas vezes os informes que mediunizamos não condizem exatamente com o total proveniente da soma de nossos impulsos elétricos de caráter intelectual, com as vibrações específicas dos elementos sentimentais ou emotivos.



Não fazemos distinção entre esses setores da personalidade, porque julgamos que o resultado é que transfere para a área de percepção dos outros seres o exato conhecimento daqueles com quem estão contatando. Qualquer trabalho de apuro por influência externa, qualquer intervenção de entidades de mais baixa ou de mais alta capacidade poderia desfigurar-nos, o que significaria, de certo modo, produzir um resquício de falsidade, porque é essencial que demonstremos aos irmãos que nos lêem, particularmente aqueles que sofrem a desdita dos vícios, como é que poderão caracterizar-se, após passarem alguns anos de treinamento no campo da contenção da vontade desregrada pelo abuso do exercício do livre-arbítrio.



Estaremos sugerindo que a palavra mais correta para o aperfeiçoamento evangélico, aquele mesmo que nos conduzirá para planos existenciais menos imperfeitos, seja disciplina? É isso mesmo. Mas não disciplina como sufocação de todos os impulsos do desejo, pela implantação doutrinária que se impõe como norma estabelecida pelos padrões em vigor nas religiões, nas seitas, nas filosofias ou nas sociedades em geral. Disciplina (ou autodisciplina) como fruto da compreensão dos valores mais importantes fundamentados nos ensinos de Jesus e explicitados pela realidade cármica, como viemos demonstrando através das mensagens.



Nesta altura das apreciações possíveis para a turma, estarão os mais argutos encontrando elementos díspares, contraditórios, entre estas informações e as proposições do primeiro dia. É que o conjunto que fizemos questão de transformar em uma obra escrita não se realizou senão ao final das comunicações, para darmos a idéia de como se desenvolveu o crescimento da aprendizagem. E isso como estratégia de estruturação quase literária, porque aprendemos que, quanto mais pretensiosa a informação transferida por via mediúnica, maior o rigor dos encarnados no exame e na crítica dos textos, quer quanto aos registros de ordem lingüística, quer quanto aos pontos doutrinários.



Pondo todas as cartas na mesa, após estes atrevimentos conceituais, estarão os amigos dispostos à análise de suas condições intelectuais e afetivas para enfrentarem a confecção de mensagens como as que vêm lendo? Este é um aspecto da “lição” que temos de ministrar obrigatoriamente, porque de nada valeria vir apresentar os nossos dramas, sem a correspondente solicitação de um trabalho de aperfeiçoamento íntimo, o que se conseguirá, certamente, se as intuições se transformarem em pensamentos logicamente organizados, como só é possível se ponderados para a manifestação escrita.



Claro está que poderíamos imprimir aos textos um balanço alienante, prevendo o resultado final, mas constituindo-o de partes desentrosadas, aparentando uma balbúrdia pessoal para impressionar por caprichos da vaidade. O problema maior está em elaborar ordenadamente os pensamentos, mas com humildade e desprendimento, reconhecendo, a priori, que as mensagens conterão falhas mais ou menos graves e comprovando, a posteriori, que lá estão elas, irremediavelmente.



Por outro lado, se formos capazes de levantar as deficiências, quem sabe mais rapidamente estaremos corrigindo-as, pelos estudos orientados pelos professores e pelas observações por eles conduzidas. Se tudo fizermos passar pelo crivo da razão, conforme a tese acima da disciplina como o melhor processo de se avançar espiritualmente, menos teremos que lamentar a perda das oportunidades que se acumulam durante a existência, uma vez que consideramos que todos os fatos podem ser transformados em experiências e estas, em reflexões filosóficas.



Para quem, em lendo a epígrafe, lhe pareceu que iríamos elaborar uma demonstração científica, através de argumentos fundamentados em exemplos significativos de comportamento, pedimos desculpar-nos por enveredarmos por outros caminhos, menos claros mas, acreditamos, muito mais sugestivos, naquilo que podemos destacar como o procedimento mais consentâneo com as necessidades dos perturbados. Aos que não se situam nesta faixa de tristeza e são verdadeiramente lúcidos, para quem as nossas recomendações se constituem em parcela diminuta de um sistema muito mais complexo de descoberta da natureza dos seres e de seu relacionamento com o mundo exterior, solicitamos que nos perdoem a ousadia de citá-los no corpo da redação, caso tenham tido a paciência de nos acompanhar até este ponto.



Por todos os títulos, estamos satisfeitos com esta realização, agora já expressiva perante a quantidade (e alguma qualidade, por que não dizê-lo?); mais ainda ao nos sabermos aptos a reconhecer em prece que somos filhos de Deus, a quem reverenciamos e de quem solicitamos o envio de mensageiros de luz para estarmos certos da peregrinação evangélica, pelo amor de Jesus, através do amparo caritativo que julgamos estar em vias de exercer aos companheiros infelizes.



Resta-nos esclarecer que poderíamos repetir todos os preceitos da doutrina espírita relativas à moral. Faltam-nos os conceitos científicos, o que acentuamos como de responsabilidade nossa, porque não nos enfronhamos nos estudos empíricos e na apreciação dos tratados. Já devem saber a causa disso: a impositiva vibração emocional, a impedir-nos a concentração nos temas em si. Esse há de ser um dos passos seguintes, para termos a certeza do progresso.



Que o Senhor, nosso Pai, nos abençoe e nos liberte de nós mesmos, enquanto seres coagidos ao exercício da cidadania, apenas porque temos a impressão (e não a convicção) de que é o que há de ser o melhor para a nossa felicidade.



Fiquem em paz!



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui