Nessa noite de tanta desventura,
Naquele lânguido sepulcro em mármore,
Sendo eu nada mais que essa alma impura
Meu corpo jaz, ermo, à sombra de uma árvore
Choro, sim, não mais pela minha amda
Esta esvaiu-se do sonho à loucura,
Hoje uma lágrima é-me derramada
Pelo fim da minha vida obscura.
O sofrimento agora me perfura,
Como uma lâmina bem afiada
Pereço a essa incrível tortura
E no fim, já não sentirei mais nada:
Só o vazio duma cripta escura
E a saudade de um sonho em mim marcada. |