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Erotico-->Um caso passageiro O colecionador de histórias -- 05/07/2002 - 14:17 (Marco Antonio Athayde de Britto Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Moço ainda, idade de tudo poder, morava em um conjunto habitacional formado por diversos prédios.
Estudava pela manhã e, pela tarde, após o almoço, vagueava por entre os edifícios. Não tinha hábito de descansar.
Num destes dias é que encontrei o bendito papagaio. Este que me rendeu esta história e um dos casos mais gostosos de minha vida. Gostoso, prazeroso e mágico. Bom...
À noite, na reunião da turma, falei do achado e como não se sabia de nada, a coisa passou.
Alguns dias depois soube que havia alguém procurando pela ave. Procurei certificar-me para entregar ao dono.
Não era "o dono", já que o animal pertencia a ela e não a seu marido, pessoa a qual, aliás, eu nunca vi. Tinham-se mudado há poucas semanas, daí o fato de não tê-los ainda conhecido. Mesmo sendo um lugar onde as novidades já nasciam velhas.
O recado havia sido deixado com nossa empregada e a mesma garantiu que tão logo eu chegasse do almoço, trataria de fazer a devolução. Dito e feito. Após o almoço, sabendo o endereço, fui até lá.
Toquei a campainha uma vez e esperei. Dei mais um toque e mais um. Não sendo atendido e, considerando que muita gente adquire o hábito da sesta, resolvi retirar-me. Tinha descido o primeiro lance de escadas quando ouvi a porta ser aberta. Parei e retornei. Tive que chamar com um psiu para que não fechassem a porta novamente.
Foi então que a vi. Havia colocado apenas a cabeça pra fora e precisei mostrar o que tinha nas mãos. Seus olhos iluminaram-se e abrindo a porta fez-me sinal para entrar.
A sala encontrava-se à meia luz com as cortinas fechadas. O cheiro do seu perfume espalhava-se pelo ar. Estava enrolada num fino lençol. Tinha a pele morena, queimada de sol. Seus olhos eram de um verde caramelado e cabelos castanhos em cachos brilhantes. A pouca luz que ali chegava criava um ambiente de aconchego e intimidade.
Levou-me até a varanda mostrando-me a gaiola do seu pássaro. Sentou-se numa cadeira enquanto eu pousava seu pequeno companheiro no poleiro. Sentei-me à sua frente e, enquanto ela falava e agradecia, pus-me a observá-la: Não era uma mulher muito nova, tinha seus trinta e oito a quarenta anos. Dona de uma beleza madura, boca carnuda, lábios úmidos e, entre o lençol que a cobria e o robe floral que vestia, deixava-se ver, pelas pernas cruzadas, suas carnes duras e lisas. Ela parou de falar e só após alguns segundos é que percebi o silêncio. Não soube o que dizer e fiquei meio constrangido, ela sorriu mostrando seus dentes alvos e disse não ter importância . Disse-me que, às vezes, por passar muito tempo só, falava demais. Pediu-me desculpas e levantou-se acompanhando-me até a saída. Ao chegar à porta, tendo segurado a maçaneta, e num gesto mais largo seu, desliza sobre seus ombros o lençol que a envolvia. Sobra-lhe sobre o corpo nu o curto robe que não consegue esconder os bicos daqueles seios redondos que espetam o fino tecido. É a última imagem sua que levo à mente após ouvir o trinco bater. Ainda tenho a impressão de perceber um leve sorriso naquele rosto.
Aquela imagem não mais me saiu da cabeça, parecia ter sido gravada a fogo. Sonhava com aquele corpo. Imaginava-me apertando e beijando aqueles braços e pernas....
Passaram-se os dias. Tempos depois. Na minha rotina perambulante, tive a impressão de haver movimento na varanda daquele terceiro andar. Andava olhando pro céu, sem nada mais a fazer quando achei haver aquele movimento. Parei e logo em seguida ela apareceu. Viu-me olhando para o alto e acenou-me. Através de gestos perguntei pelo animal, através de gestos ela convidou-me a vê-lo.
A porta estava entreaberta, a penumbra era a mesma daquele primeiro dia, o perfume também. Mas não havia um lençol a cobri-la, apenas um outro pequeníssimo robe de cor que não lembro. Perguntei pelo papagaio e respondeu-me que depois.
Levou-me pelas mãos até seu quarto. Sem dizer mais nenhuma palavra e, estando de costas pra mim, deixou o que lhe vestia cair ao chão. Fez isso com delicadeza e graça. Contorcia seu corpo suavemente, parecia haver uma música no ar. Dançou durante um bom tempo. Girava sobre seu corpo e pediu-me que não a tocasse.
Terminando a música, aproximou-se de mim, deu-me um beijo e me fez sair de sua casa.
– "Amanhã tem mais. Amanhã". A porta fechara-se novamente.
Podem imaginar a noite insone que suportei. As aulas passaram sem que conseguisse nem ao menos saber do que se tratava. O prato do almoço foi deixado intacto. Voltei a peregrinar e ela me chamou.
Adentro mais uma vez por aquela porta. Desta feita não havia peça alguma a lhe cobrir o corpo. Apenas uma calcinha de cor azul tapando-lhe o sexo e deixando sua nádegas à mostra. Ela tira uma estreita fita sob os lençóis, faz um meneio com a cabeça e venda meus olhos. Leva-me até sua cama e deita-me.
O que sinto é a fragrância doce de óleo de amêndoas no ar. Perco minhas roupas. E perco-me quando sinto suas mãos macias a massagear-me todo o corpo. A cada espasmo mais forte que sofro, ela diminui o toque e recomeça novamente. O tesão, a lascívia, a luxúria me é tão imensa que tremo e gemo como se fosse morrer ali de tanto prazer. Mas minha hora ainda não tinha chegado. Suas mãos alisam meu sexo, seus lábios beijam meus peitos, sua boca chupa a glande do meu membro e eu, explodindo num gozo alucinante, desfaço-me, desmancho-me, acabo-me em estertores enquanto a ouço ir para a suíte. Já na porta, empurra-me para fora.
– "Até".
A porta fechara-se novamente.
Aquele "até" durou bastante, houve um interminável final de semana , dias infindáveis, sem que houvesse movimento algum na varanda do terceiro andar.
Encontrei, na segunda-feira, em cartão cor de rosa lacrado, um bilhete que dizia:

- "Amanhã no mesmo horário. A iniciativa será sua.
Seu prêmio: O que você deseja. Surpreenda-me "".

Não há como descrever a sensação que senti, e o quanto o tempo pode ser verdugo de quem não quer esperar.
Mas passado o primeiro impacto... Cheguei à porta no horário previsto e carregando pequeno embrulho o qual foi recepcionado com um leve arquear de sobrancelhas e risos de satisfação. Tinha pedido por outro bilhete que ela se vestisse como se fossemos para a noite, haveria de ser um vestido que a realçasse toda. Todas as cortinas da casa deveriam estar cerradas e, mas um pedido, que me esperasse na sala...
Tudo isto foi providenciado. Vestia-se deslumbrantemente bem. Apresentava-se em tubo preto, decote generoso insinuando seu colo e costas nuas. Tirei um CD do pequeno pacote, regulei o volume do som e o pus a tocar. Dançávamos e beijávamo-nos. Acariciávamo-nos excitando-se mutuamente.
Próximo à última faixa, com suavidade, a encaminhei ao seu quarto. Desnudara-a muito vagarosamente enquanto a tocava em pontos estratégicos. Sua nuca, seus ombros, o espaço entre seus belos seios.
Também havia trazido comigo fitas de sedas. Prendi a seus pulsos e tornozelos e os enlacei às extremidades da cama. Ela tinha as pontas dos laços ao alcance se quisesse soltá-los, mais perderia o que estaria por vir.
Concordando com esta condição, estando sua cabeça apoiada em almofadas, retirei o restante do embrulho.
Tinha eu, às mãos, pequeno pote de mel, um pincel de pelos macios, uvas, champanhe e, o que busquei na geladeira, gelo.
Pincelava seu corpo macio com as pontas das cerdas do pincel. Entre uma pincelada e outra tinha ela direito a uma uva molhada numa taça do champanhe. O mel era derramado a cada lambida que eu dava em busca do seu néctar. Negociava com beijos cada lugar onde seria dada nova pincelada.
Por fim, ponho o restante do pote na fina penugem que cobre seu púbis, deixo-o escorrer por entre seus lábios e sorvo-os diluídos no seu próprio fluido, sorvo-os com gula e prazer. Ela entorta-se, contorce-se e teme por não soltar os laços. Os goles restantes do champanhe são bebidos também naquela taça e o gelo passado levemente por sue ventre. Soltam-se os laços....
Antes mesmo que todas as fitas estivessem soltas, começa ela a virar-se.
Oferece-me, na posição de total entrega o par de prêmios que por tanto tempo eu cobiçara.


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