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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->PODERIA SER DIFERENTE PARTE 06 -- 08/07/2002 - 14:27 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEQ. 12 – INT/CLUBE/DIA. ( 1.30 M)

O gordo está sentado num escritório, fuma cachimbo. O capanga está atrás.
O gordo dá um soco na mesa, e fala forte.

GORDO: Droga, droga, droga ,mais que inferno!. Será que vão sempre me desafiar? O que vocês tão pensando que eu sou?

O capanga tenta falar algo, o gordo corta.

GORDO: Cala a boca. Não pedi para dizer nada.

O capanga se aquieta.
Lucas entra apressado.

GORDO: E você, tratantezinho de meia pataca. Fez o serviço?

LUCAS: Ainda não. Não deu tempo.

GORDO: Ótimo, ainda não deu tempo. Sabes que a prioridade sobre essa tarefa está acima de qualquer assunto.

LUCAS: Eu sei.

GORDO: Então, qual a explicação?

LUCAS: A outra função.

GORDO: (segurando-o pelos colarinhos) Espero que não tenha tocado nem mesmo o dedo nela, se não...

LUCAS: Claro que não.

GORDO: Não mesmo? Jura?

LUCAS: Claro.

GORDO: E o Pitt Bull. (refere-se ao capanga). Fez o serviço direitinho? Merece um osso?

LUCAS: Com todos os tipos de molhos..

GORDO: Agora vá lá e termine o serviço. Mata o pai e me traga a garota. Estou sedento de vingança e sexo.

LUCAS: Porque não lhe dar uma Segunda chance?

GORDO: Chance? Para um jogador doente? Isso não existe. Ou cumpre suas obrigações ou morre. É a lei.

LUCAS: Se eu trouxer a menina, não precisa matar o velho. É bobagem...

GORDO: Xi, o garoto se apaixonou pelo pai, essa não. (ri forte, depois fica sério) Claro que não. E deixar rabo para a polícia de outras cidades pisarem. Nunca. (vira-se) Vá lá e mate aquele desgraçado agora.

Lucas apenas olha.

GORDO: Eu disse, agora.

Lucas sai.

GORDO: Sinto que esse rapaz vai nos causar problemas.

CAPANGA: Qualquer coisa a gente. (passa a mão no pescoço)

Os dois começam a rir, o gordo derruba o cachimbo na roupa e começa a se debater.

CORTE:

SEQ. 13 – EXT/INT/CASA/TARDE ( 4,00 M )

Seu Antônio está sentado num sofá.
Fuma demasiado. Há muita fumaça dentro do barraco.
Há do seu lado um litro quase vazio.
Antônio bebe. Ele enche o copo, joga um pouco fora, e toma o resto.
Antônio ouve o barulho de uma moto estacionar em frente sua casa.
Antônio para de tomar.
Lucas entra empurrando a porta e sacando a arma.
Antônio não se mexe.
Lucas encosta a arma na testa de Antônio.
Lucas age como um descontrolado.

LUCAS: Aprendeste a rezar quando pequeno? Caso contrário, é melhor procurar um catecismo. Acaba de chegar a Estrema Unção.

ANTÔNIO: Que piada é essa? O que tá acontecendo? O que foi que fiz?

LUCAS: Nada, absolutamente nada. Só por isso.

Lucas tira a nota promissória do bolso, e esfrega nos olhos de Antônio. Depois joga fora.

LUCAS: Lembra-se disso? Ou perdeu a memória também?

ANTÔNIO: Eu vou pagar. Juro que vou pagar. É só me darem um tempo.

LUCAS: Para o patrão não existe esse termo. Ou paga ou morre. (continua com a arma apontada).

ANTÔNIO: Morrer? Não, morrer não. Pelo amor de Deus. (ajoelha-se e chora implorando). Não faça isso comigo. Preciso que me ouçam, me dê mais uns dias.

LUCAS: Covarde. O pior predicado de um homem é a covardia. A covardia e a safadeza. Dever e não pagar. (PUXA O CÃO DA ARMA).

ANTÔNIO: Eu imploro. Não faça isso.

LUCAS: Tá me achando com cara de padre? ( empurra-o e fica mais suave) Padre não faria o que eu fiz hoje. (guarda o revólver) Quer saber de uma coisa, me dá um gole desse troço aí.

Antônio enche um copo e serve a Lucas.
Sentam-se bem próximos um do outro.

ANTÔNIO: Me conta, o que de bom você fez, pra te deixar tão feliz.?

LUCAS: Um milagre. Foi minha primeira vez com uma virgem. Que sensação maravilhosa!

ANTÔNIO: Ela era bonita?

LUCAS: Bonita? Ela era sensacional. (sai até a porta) E pela primeira vez, tenho a impressão de estar apaixonado.

ANTÔNIO: Apaixonado! Essa é boa, conta outra.

LUCAS: Não acredita em amor na primeira vez? Aconteceu. E não sei o que fazer.

ANTÔNIO: Se te é tão importante, pede a mão dela em casamento. Seria mais honesto.

LUCAS: Honesto seria, mas eu cavaria minha própria cova. Ela já tem dono. (passa a mão nos cabelos esfrega descendo pelo rosto, e senta-se)

ANTÔNIO: Puxa, essa juventude de hoje em dia, não sabem o que querem da vida mesmo.( vai até a porta e abre-a) Perdem um tempo lascado, fazendo coisas que não os levam a nada, e deixam as melhores coisas da vida de lado. (saem os dois para fora) Há, como eu queria voltar a ter a idade de vocês.!...

LUCAS: O que o senhor está insinuando com isso?

ANTÔNIO: Nada. (abre os braços e roda) Muita liberdade meu caro, liberdade.

Lucas saca a arma e diz para si.
Antônio está de costas.

LUCAS: Eu preciso terminar com isso. (fala alto) Eu preciso terminar

Antônio ouve e vira-se.

ANTÔNIO: O que foi que disse?

LUCAS: ( Apontando a arma no corredor) Que infelizmente não voltará no tempo, e nem viverá para contar a história. (chega mais perto) Pensa que é mole ser jovem hoje em dia? Pensa que é fácil suportar o estresse que passamos? Pensa que é normal um jovem de hoje em dia, viver sem o alento das... (pausa) do pó. Do cânhamo, do caximbo.? O que você pensa que um jovem pensa hoje em dia? Já perguntou para um?

ANTÔNIO: Calma, você está descontrolado. Deve ser efeito da bebida. Não está acostumado a beber.

Lucas cai na gargalhada. Ri muito. Antônio fica sem saber o que dizer.

LUCAS:. Precisa se informar melhor meu velho. (ri muito e para bruscamente, calmo) Infelizmente tenho que cumprir o meu dever de empregado. (aponta a arma e arma o cão).

SILVIA: O que é isso?
Silvia está de pé. Na grade de entrada do corredor que dá para a casa. Usa um óculos escuro.
Lucas volta-se para Silvia, disfarçando.

LUCAS: É de plástico, estamos brincando.

SILVIA: Lucas?..

ANTÔNIO: Vocês se conhecem? De onde?

SILVIA: Passamos a tarde juntos.

Antônio ira-se e parte para cima de Lucas com uma mangueira velha nas mãos.

ANTÔNIO: Seu desgraçado.

Vai dar a mangueirada, Lucas desvia, Antônio acerta a parede.
Os dois entram em luta corporal. Muitos socos, tombos, etc.
No meio da luta, Antônio está sobre Lucas, vai socá-lo. Lucas segura a mão de Antônio dizendo.

LUCAS: Calminho aí. Se continuar. Ela pode ficar sabendo do trato que você fez com o Gordo.

ANTÔNIO: Antônio para. (desiste, sai de cima de Lucas dizendo) E depois diz, que eu é quem sou covarde.

Antônio está de pé. Lucas deitado, passa-lhe uma rasteira.
Lucas corre até a moto e sai em alta velocidade.
Antônio levanta-se e sai correndo, e quase o alcança na saída.

SILVIA: Porque essa briga, meu pai?

ANTÔNIO: Você não é digna de me chamar de pai. Eu aqui em casa, todo preocupado, e você por aí batendo pernas e fazendo sexo com o primeiro que encontra. Adúltera...

SILVIA: ... Bêbada, drogada, abandonada... O que mais?

ANTÔNIO: Eu não te ensinei essas coisas.

SILVIA: O Senhor não me ensinou nada. Que exemplo de vida o Senhor me deu? Se nunca parou dentro de casa para ficar junto da única peça da sua família. Hó pai, não me cobre, o que não tem preço.

ANTÔNIO: (cabeça baixa) Virou um lixo. Aprendeu até a desafiar o próprio pai.

Silvia passa por ele correndo, entra na casa, depois no quarto.
O pai entra atrás e fica na cozinha quebrando as coisas.
Vemos Silvia num canto assustada.
Antônio quebra e grita.
Silvia vai para o quarto.
Tira mais droga da roupa, faz uma carreirinha e cheira.
ANTÔNIO: Esse banco desgraçado. (barulho) Essa pia de merda. (barulho) Esse pote seco. ( barulho.).

Silvia cheira novamente, em seguida desmaia sem sentidos na cama.

CORTE:

SEQ. 14 – INT/EXT/CENAS SOLTAS/DIA/NOITE. ( 1.00 M )

Toca uma música pesada, com bastante distorção de guitarras.

Cena 1: Lucas fala com o gordo.

LUCAS: Eu não encontrei o pai nem a filha, acho que fugiram.

GORDO: É bom que isso seja verdade, porque se não, quem vai morrer é você.

CAPANGA: Eu vou verificar patrão.

CORTE.


Cena 2: Silvia fuma maconha com amigos, sobre um muro bem alto. Nas ruínas.

SARA: (do chão grita) Descem daí. Vão cair seus pirados ( para a câmera) Estão todos perdidos.

CORTE:

Cena 3: O mendigo e o pai:

MENDIGO: Obrigado.

Entrega um cartão a Antônio.

ANTÔNIO: Tudo podia ser diferente... Se a ambição das pessoas não ultrapassassem o limite do amor.

CORTE:

Cena 4: Silvia se droga no banheiro da escola.

Silvia chega perto dos banheiros, olha em volta, entra.
Dentro do banheiro ela cheira coca de costas.
Sai meia atordoada.

CORTE:

Cena 5: Lucas fala com o capanga.

Lucas encontra-se com o Capanga num campo de futebol abandonado.
Lucas entrega um punhado de dinheiro ao capanga.

LUCAS: Isso é para você confirmar minha história, só isso.

O capanga bate uma espécie de continência e sai com o carro escuro.

CORTE:

Cena 6: Silvia cheira cola com crianças de Rua.

Silvia anda por uma rua abandonada. Algumas crianças cheiram cola.
Silvia se aproxima, pega o saquinho das mãos das crianças, cheira e sai correndo com o saquinho nas mãos.
As crianças correm atrás, mas ela está de bicicleta, eles não alcançam.

CORTE:

Cena 7: Antônio e a bebida.

Antônio bebe num boteco sem movimento.
O garçom cochila sobre o balcão.

ANTÔNIO: Você não sabe porque eu bebo não é? É tudo culpa minha. (bate no peito) Mea culpa, mea culpa. (vira-se para a câmera) Saúde.

CORTE.

Cena 8: Silvia Bêbada.

Silvia bebe sozinha num balcão de lanchonete.
Há outras pessoas no local.
Ela parece estar muito mal.
Chega Sara e entra apressada.

SARA: Vamos embora menina.

Sara sai carregando a menina.

CORTE:

Cena 9: Lucas e o Gordo:

Lucas e o Gordo conversam à beira da piscina.

GORDO: Tenho a impressão que estou sendo passado para trás.

CAPANGA: Não Senhor. Estou procurando também. Creio que eles mudaram de cidade.

GORDO: Pois que procurem até nos quintos dos infernos. Eu quero aquele idiota a sete palmos e a filha na minha mão.
O capanga e Lucas se olham.

CORTE:

Cena 10: Silvia fuma craque num paredão.

Silvia fuma craque na beira de um paredão de um barracão ferroviário.
Chega um sujeito mal encarado, faz sinal de dinheiro.
Silvia faz sinal que não tem.
O sujeito saca de uma arma, irado.
Silvia levanta-se devagar e se insinua, abrindo os botões da blusa.
O sujeito abaixa a arma.
Os dois se agarram.

CORTE:
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