Danié , quando arquém pronunça meu nome, é mêrmo quitá convocando Ieu. Intonce eu baxo no terrêro do Cordé.
Quando pronunça meu nome
O cabra tá me chamando
E eu võ logo incostando
Purisso susto num tome,
A sardade mi consome
E eu filupêio as vertente
Pruqui Danié e gente
Pru qual eu num dõ muchôcho
É cabra do culhão rôxo
Um Cordelista arretado.
Eu mi sinto alumiado
Na luz dessa puisia
Minha mãe já me dizia
Nunca fique arriliado
Prumode sê imitado
Purum cantadô qui presta,
Purisso eu faço uma festa
Prêsse cantador sereno,
Danié Fiúza piquêno
Têm ôtro ôi no mêi da testa.
E uma força cuma esta
Da muita iluminação,
O cabra tem distinção
E sabe apará aresta.
Na hora quêle contesta
É cumberto de razão
Bate inté na mãe do Cão,
Pruquê a diaba num presta.
Hoje eu vai fazê seresta
Prumode comemorá
A paz que chegô prucá,
E colaborá na festa,
Poeta bom hoje impesta
O terrêro da Usina,
E inté essa minina
Acabô cum as arrilia
E hoje a sua aligria
Humirdade nos insina.
Hoje o fôro de Cordé
Dá te gosto de si Vê,
E eu digo pra vósmicê
Qui tô té butando fé
Qui adispois, se Deus quizé.
Eu vô baxá puraqui
Promode qui aprindi
Mexê nos computadô
No perciso do Dotô
Tudisso ieu mêrmo inscrivi.
Aqui né ôtro não meu fí, é Limêrinha do Tauá, Preto véio azulado, quitem o fôigo de sete gato!
