Como se fosse seu toque de recolher,
Pela vidraça chega o dia devagarinho.
O bar vai fechar, a noite já fechou,
O garçom tem pressa.
O dia também.
O nosso tempo é pouco, logo estaremos
no nosso mundo.
Até a próxima coincidência.
Lutamos contra os rivais, lutamos contra o sono,
Mas deixou a frustração lutar contra o dia.
Temos que nos separar atendendo ao dever.
Beijo seu rosto adormecido, seus olhos,
Seus lábios ressequidos.
A claridade já toma conta do quarto, seus objetos,
Suas coisas agora podem ser vistas.
Elas falam de sua vida, contam o que você ocultou.
Pude até saber da sua fé.
Entre os objetos, verdades suas que você escondeu,
Algumas você esqueceu, e foi forte.
Foi o meu toque de recolher. |
