Morreu atropelado e ninguém sabe ao certo como. Sabe-se no entanto que por
aquelas bandas, como em muitas outras, o trânsito é uma droga: pedestres,
arriscando a vida, disputam com os carros, as vans, as peruas, as motos e
outros cada palmo de chão.
Sinal de que dentre outras coisas, não se prioriza o transporte público,
não se tem, ou não se aplica, uma política para tal, a não ser em discursos e
papéis.
Como se fosse pouco, e só para piorar, sabe-se ainda dos complexos viários
que foram feitos com mais dinheiro que o necessário, dinheiro aliás que
também saiu do bolso daqueles que nem automóvel têm.
Diante disso tudo nem é bom lembrar do ridículo que é, por exemplo, ver a
quantia de automóveis com seus motoristas ligando para as rádios para darem
dicas de "engarrafamento", enquanto na mesma pista há ônibus lotados com
gente sofrida, e suas bolsas e marmitas amassadas com o resto de feijão azedo,
pensando nos desprazeres que a vida insiste em impor "a quem é de bem e nunca
matou, nunca roubou etc.", como ele dizia.
Há boatos, porém, que a culpa foi de um motociclista que o acertou em
cheio, ao desviar de outro motociclista, que desviava de um carro, que desviava
de outro carro, que trocava de faixa, porque tinha um outro empacado.
Morreu e ninguém sabe ao certo o porque. Há quem diga que são coisas da
vida; fatalidades que acontecem dia após dia sem que ninguém tenha tempo de se
precaver. É plausível
Entretanto, há os que dizem que isso, e muito mais, poderia ser evitado.
Também é plausível.
Se as autoridades não agirem outros morrerão sem que ninguém saiba ao certo
como, a não ser que por aquelas bandas, como em muitas outras, o trânsito é
uma droga: pedestres, arriscando a vida, disputam com os carros, as vans,
as peruas, as motos e outros cada palmo de chão....
Até,
Anderson |