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Artigos-->Paz x Guerra -- 19/09/2001 - 01:15 (Abilio Terra Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Muitas pessoas e grupos estão, em suas meditações, visualizando o objetivo a ser alcançado após as traumáticas cenas de 11/09/01, amplamente divulgadas em todo o mundo: a paz!

Diante da violência em todas as suas formas, em todos os quadrantes, em todos os tempos, resta a pergunta: a humanidade conseguirá, algum dia, alcançar a paz? Ao mesmo tempo que indagamos, surge uma dilacerante dúvida em nossa mente. Sim, pois nada nos leva a crer, diante de tantos fatos narrados pela história antiga, moderna e contemporânea, em uma resposta afirmativa.

A mídia norte-americana já lançou o slogan “new war”, com uma certeza inflexível, como se não houvesse outra solução para os EUA que não se lançar à uma nova guerra sem trégua para “debelar o mal”, como declarou o seu presidente, Bush.

Mas a grande maioria dos países, entre os quais, os influentes integrantes do G-8, observam com claro ceticismo essa provável nova aventura militarista, e aconselham seu poderoso parceiro a adotar uma postura mais arguta, inteligente e sensível, mais ao gosto dos novos tempos, do novo milênio, da nova ordem mundial.

Muitas vidas perdidas, o ataque frontal dos terroristas aos símbolos dos poderes financeiro e militar da potência hegemônica mundial na atualidade provocou incredulidade, horror e compaixão na maioria dos países ocidentais e orientais, e, no seio da sociedade norte-americana, também ódio e desejo de vingança. Já se observaram ataques indiscriminados à mesquitas e aos cidadãos norte-americanos de origem árabe, o que é condenável por seus condicionantes de xenofobia, racismo e intolerância.

O que a comunidade internacional espera é que os fatos sejam apurados, adotando-se todos os meios legais para esse fim, e que os responsáveis por crimes tão bárbaros sejam punidos severamente. E que medidas de proteção aos cidadãos sejam também implementadas nos EUA e nos demais países, sem, no entanto, que se extrapole o âmbito dos direitos individuais e coletivos. Qualquer medida de exceção é perigosa, pois, em tese, qualquer cidadão pode ser acusado leviana ou injustamente.

Da mesma forma, um ataque maciço contra o Afeganistão traria grandes prejuízos à imagem dos EUA na comunidade internacional e resultaria em perdas enormes em vidas humanas, em tempo e em despesas. Sem dúvida, provocaria, por outro lado, imensos lucros financeiros para as poderosas indústrias de armamentos (produções de mísseis, tanques, aviões, minas, bombas etc) e um conseqüente reaquecimento na economia norte-americana. São dados frios que chocam os humanistas, os espiritualistas e os místicos. Mas, que, infelizmente, devem também ser levados em conta.

Por exemplo, no decorrer da 2a. Guerra Mundial, ocorreram consideráveis avanços tecnológicos. O foguete V-2 Alemão (que lançado da Alemanha alcançava a Inglaterra) foi o precursor dos poderosos e imensos foguetes utilizados na corrida espacial, disputada entre norte-americanos e soviéticos, em que cientistas germânicos a conduziam, deportados, ao fim da guerra, parte para os EUA e parte para a URSS. Sabemos hoje que a gigante norte-americana IBM transmitia para os nazistas os dados precisos, por meio dos seus já possantes computadores, para que esses procedessem , com extrema eficiência, às medidas que resultaram no extermínio de milhões de judeus, principalmente, em seus campos de concentração. Tanto os alemães, quanto os norte-americanos, investiam altas somas em pesquisa tecnológica, inclusive nuclear, que culminou com as explosões das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, colocando um fim à guerra.

Nada pode ou deve ser descartado, pois sabemos ser o componente econômico o principal fator a desencadear guerras ao longo da história, desde a mais remota antiguidade até os nossos tempos globalizantes. Esse é mais influente que fatores religiosos ou culturais.

No entanto, os espiritualistas devem continuar meditando em prol da paz.

Pois através das dimensões anímicas, etéreas, astrais, essas energias fluídicas assim geradas, alcançarão também aqueles que, do alto dos seus títulos e poderes, decidem dos destinos de milhões de seres humanos.

Mas, não se esquecendo, em suas meditações, de aceitar a existência em si e em todos, ao lado da luz de suas naturezas, dos seus componentes obscuros, trevosos, que complementam as constituições dos seus seres.

É dessa difícil conciliação das suas e das nossas ambigüidades que pode resultar algum tipo de paz neles e em nós mesmos, e, consequentemente, em nossa coletividade.





Abilio Terra Junior

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