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Artigos-->Estatuto do desarmamento ou Lei de acovardamento? -- 15/07/2004 - 17:42 (Claudio Bertode) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O que dizer de tal empreendimento? É difícil discutir um tema quando se trata de uma polêmica em que todos os debatentes estão certos? É a perversão e inversão da lei aristotélica de que não cabem duas verdades em um mesmo lugar.

Em primeiro lugar, estão certos os que defendem o desarmamento como algo positivo. Essa medida evitaria, por exemplo, os acidentes domésticos com armas de fogo. Nesses poderíamos citar filhos pequenos que acidentalmente machucam a si mesmos ou a outro irmãozinho; simplesmente pelo acesso fácil que uma arma em casa proporciona a uma criança. Também diminuiria os assassinatos em situações em que a pessoa, pelo simples fato de estar armada, tem a sensação do poder momentâneo de portá-la. Explicando melhor, uma pessoa em um bar portando uma arma não se furtará de usá-la caso venha a ser agredido por um grandalhão qualquer. Caso não estivesse armado, na certa, tentaria, quem sabe uma outra saída. Ainda os casos de assalto em que a vítima por estar armada, tenta reagir e é assassinada. Essas são apenas algumas das razões para o desarmamento explicam esses bravos defensores da medida.

Em segundo lugar, analisemos os contrários dessa questão, que também é tão verdade quanto o que já dissemos em primeiro. É uma lei que mesmo cheia de boa vontade. Chegando até a gastar R$ 10.000.000 só para pagar indenizações aos que por livre vontade entregar sua arma; ainda assim cai na máxima que afirma que de boas intenções mesmo o antro do inferno está cheio. 1) Será que os bandidos vão devolver suas armas? Diante de uma negativa, temos de perguntar: será que tal estatuto está se preocupando realmente com a melhoria da segurança da população? Será que ao saberem os bandidos que as pessoas de bem estão desarmadas e que a ineficácia ou mesmo inação da polícia, diante da criminalidade no Brasil, será que estes bandidos vão temer entrarem no meio da noite armados até os dentes nas casas desses cidadãos agora mais desprotegidos e mais inseguros. Lógico que existem os políticos e grandes empresários e celebridades que tem seguranças grandalhões que os vigiam e os velam 24 horas, estes possuem sistema de segurança completo nas grandes muralhas que os protegem em suas mansões. Mas e os pobres caminhoneiros, que cortam as estradas perigosas do país? E os cidadãos da classe média que voltam para casa tarde da noite? Vão dormir sossegados à noite os da classe média? 2) Outra pergunta: será que a constituição do país poderá ser ferida, sem mais nem menos, será que vai furtar ao cidadão o direito de proteger a si e sua família? Em uma grande desventura de uma brincadeira entre bandidos armados e cidadãos de bem a mercê da ineficácia no combate a criminalidade? 3) Sobre os acidentes domésticos envolvendo armas de fogo, será que não seria melhor criar um método melhor para saber quem é apto ou não-apto a portar uma arma? Se uma arma chega às mãos de uma criança este é um defeito não do estar ali da arma, mas do mal guardar do portador. Como quem tendo crianças em casa, deixa uma arma ao alcance destas? Este fato não justifica o desarmamento, ainda mais se levarmos em conta o fato de que a simples informação dos bandidos de em tal casa tem armas já evita a ousadia da invasão no meio da noite. Saibam as autoridades que os bandidos são seres bem informados, a esse respeito. Nem esse nem dizer que é para não reagirmos nas horas de assaltos ou seqüestros de nossos familiares ou de nós mesmos, justificaria nos desarmar. Que desarmem os bandidos primeiro. Essa é uma grande piada de mau gosto que querem que engulamos a seco e sem podermos debater democraticamente como prevê uma boa polêmica.

Diante de tal situação em que existem tantas verdades o melhor seria pesarmos e escolhermos a melhor verdade. Será de que adianta o Brasil receber o título de nação pacífica, desarmada, acovardada pelo medo de uma punição. Uma vez que só o cidadão de bem tem a perder com tal lei de acovardamento. O pior é que existem títulos vergonhosos e muitos deles resultantes de políticas para "inglês ver", estes nos colocam como os desventurados e deserdados cidadãos de último mundo, uma verdadeira nação em que o submundo governa.

Em que o banditismo é o maior movimento que assola a população. Está em todas as áreas, desde favelados até vereadores, deputados, senadores, membros da polícia (aliás pagos para defenderem a população, quer dizer nem tão bem pagos, mas...). O que será de nós, cidadãos de bem, se medidas como esta prova que não há ninguém por nós? De agora em diante corremos o risco de sermos tratados como bandidos, se não concordarmos de abrir mão do último recurso que poderia ser usado para proteger o bom sono de nossa família. O que acontecerá depois de quebrada a última barreira que ainda intimida os bandidos?

Não diremos que esperamos uma nova reflexão, por parte dos poderes que governam o nosso país. Não ousaremos pedir isto. Uma vez que não está bem claro o querem com medidas como essa. Talvez queiram um Brasil a imagem e semelhança do que acontece nos bastidores do poder. Em que as pessoas que de lá participam são indefesas e acovardadas sem poder dizer nem que sim nem que não às corrupções que acontecem; com risco de perderem o cargo. Esta lei de desarmamento nos acovarda e ainda tira nosso direito de nos defender de um mal que nos assola em um país que mais uma vez dá provas de que não existe ninguém por nós. Devemos rezar?





Cláudio Bertode

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