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Contos-->Sonho de Pedra - Parte 4 -- 08/01/2002 - 18:38 (ANGEL DRAVEN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

SONHO DE PEDRA - Parte IV


A pesquisa

“... an extraordinary natural bridge,
having an arch which is in form and appearance
much like a rainbow...”
(William Howard Taft)

O restante da viagem ocorreu normalmente. Apenas a lembrança do ocorrido me incomodava. Conhecemos outros locais com monumentos naturais em rocha, os quais eu tocava com alguma esperança que o fenômeno se repetisse. Passamos pelo Zion, no Bryce Canyon, em Yellowstone e pelo Yosemite Valley. Em todos os lugares, eu tocava nas rochas e pedras. Mas nada de novo ocorreu.
De volta à minha cidade, reiniciei minhas atividades profissionais e em paralelo uma pesquisa sobre o que poderia ter sido aquilo.
O ocorrido ainda me incomodava, e por vezes, refleti se não teria sido algum tipo de alucinação, causada pelo calor, cansaço ou sede. Mas as sensações durante o ‘toque’ haviam sido muito fortes e as ‘imagens’ e as ‘lembranças’ ainda me acompanhavam, mais vivas que nunca.
Sem saber exatamente o que procurar ou por onde começar, curiosamente um livro turístico que comprei na região, durante a viagem, me apontou algumas direções iniciais a seguir e forneceu algumas informações valiosas.
Em toda esta região existem suficientes evidências que demonstram que um dia foi coberta pelo mar e num outro habitada por dinossauros e outros animais pré-históricos. E já é desta época o início da formação dos vários canyons.
Descobri que os primeiros habitantes do Glen Canyon foram indios pré-históricos nômades que viviam do deserto. Eles vagavam pelos canyons a mais de 3.000 anos atrás e seu estilo de vida se adaptava aos recursos que encontrava e dispunha. Ao que parece, seguiam as migrações dos principais animais pelo deserto e faziam uso de várias plantas medicinais que encontravam e conheciam. Dominavam o fogo e possuiam várias ferramentas e armas de pedra e madeira.
Aproximadamente no ano 1 de nossa era, estes nômades se agruparam em clãs com excelente capacidade de produzir cestos, potes, calçados, cordas, uso do algodão, peles e plantas medicinais. Estes clãs começaram a se fixar mais em pontos determinados dos canyons, formando pequenas comunidades. Os antigos nômades se transformaram em tribos agrícolas.
Existe um local próximo a Page chamando hoje de Navajo National Monument onde estão as ‘cidades-cavernas’ mais bem preservadas dos Estados Unidos. Uma delas, Keet Seel, é o maior povoado pré-histórico do Arizona e outro chamado Betatakin é menor mas provavelmente a casa-caverna mais profunda.
Até aproximadamente 1.300 d.C. mais de 150 pessoas viviam aqui, espalhados nos mais de 160 aposentos escavados na rocha e por mais de 170 anos. Eram conhecidos como Anasazi, que quer dizer ‘os Antigos’.
Keet Seel foi descoberta em 1895 por Richard Wetherill e estava inabitada e intocada por mais de 600 anos. Ele metodicamente mediu, fotografou e escavou todo o complexo. Descobriu quartos que misteriosamente tinha sido selados e, quando abertos, encontrou criptas com vários objetos, jóias e ferramentas.
Os Anasazi eram grandes comunidades agrícolas totalmente adaptadas à vida do deserto. Estas evidências podem ser vistas em suas ruínas no platô do Colorado, juntamente com as várias pinturas rupestres.
Ninguém sabe como e porque os Anasazi desapareceram de Glen Canyon por volta do ano de 1300. Acreditasse que eles sejam os ancestrais dos atuais índios Hopi, pela semelhança de sua herança cultural e mística.
Ao mesmo tempo em que os Anasazi estavam deixando sua região, os índios Paiute estavam chagando pelo sul. Sendo uma tribo pacífica e simples, os Paiute se transformaram e presa fácil para os guerreiros da tribo dos índios Ute. Estes todos, por sua vez, foram todos subjugados pela avançada nação Navajo.
Os Navajos eram praticamente dominavam todas as técnicas agrícolas da região desértica e também eram pastores. Eles também herdaram todos os conhecimentos e tradições místicas e religiosas de todos os outros povos vizinhos.
Em 30 de maio de 1910 o presidente americano William H. Taft proclamou o arco rochoso Rainbow Bridge um monumento nacional. Hoje, não o admiramos somente por sua beleza geológica, mas também pelo significado religioso e sagrado como os vários povos nativos já o reconheciam. O verdadeiro significado do Rainbow Bridge vai além do óbvio, e além de um arco entre duas culturas.
O livro do qual retirei estas informações foi comprado após o ocorrido. E eu nada sabia sobre estes assuntos, nem tinha me interessado pela cultura indígena, até então.
Aquele arco é parte do que somos, é um simbolo do sagrado, uma porta para aquilo que faz sentido na vida, uma ponte entre dois mundos. Para aqueles que ouvirem com a mente e verem com os olhos do coração.
Concluí que tinha tido algum tipo de ‘visão do passado’, algum contato com uma ‘memória coletiva’ ou algo similar. Em vista do ocorrido, imaginei que não possuía nenhum poder paranormal ou dom singular, pois nunca havia sentido algo assim antes, nem tive controle sobre a situação.
Estas conclusões nortearam o caminho de minhas pesquisas seguintes.

(continua...)
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