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Poesias-->Contas Para Um Colar -- 21/02/2002 - 21:14 (Carlos Odas) |
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Ele é quem gira
sob meus pés
e é empurrado
por minha força.
É engenho velho,
velho,
velho...
Sou jovem
e tão pequeno
a admirar
o que por mim passa,
ajuntando às pérolas
as conchas.
A ilusão retoca
e a visão deslumbra.
Ele é quem existe
embranquece a fonte
franzindo a testa
arrastando tudo,
tudo,
tudo...
O artista torna
obsoleto
a pena
prescreve
e o que almou,
desalma e
trata o corte.
Ele é quem nos une
o colar de contas.
De onde virei
quando for mais moço?
Aqui contesto
esse meu retorno
eu que sou mais velho
que o meu colar
tenho cinco pontas
e as deixarei
ao despedir-me
para minha glória
e da luz que emano.
Voltarei à margem
o cordão vazio.
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