Apesar de em muitos relatos, tanto o sofredor de insônia como alguns profissionais, não lhe prestar a devida atenção, a insônia é considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde), um sério problema de saúde coletiva. Não é raro ficarmos sabendo dos acidentes aéreos, terrestres e marítimos por conta da insônia. Como também é do nosso conhecimento abaixa produção diária pós noite mal dormida.
Nas últimas décadas a medicina tem dado melhor atenção a este transtorno, porém a compreensão neurofisiológica sobre tal fenômeno ainda é deficitária.
Para o próprio diagnóstico da insônia não existe uma harmonização a CITS (Classificação Internacional dos Transtornos do Sono), a CID - 10 (Classificação Internacional das Doenças) e a DSM - IV (Manual Diagnóstico e dos Transtornos Mentais, 4 edição) tem olhares não harmônicos sobre este transtorno. Por isto e outros fatos, várias definições já foram determinadas para insônia, neste momento, o que predomina é a tendência considerar os critérios objetivos e subjetivos. Outro dado importante é a duração da insônia tanto pelo ponto de vista do diagnóstico etiológico, como por sua terapêutica. Existem insônias periódicas geralmente desencadeadas por fatores externos, estresses como insônia crônica. O tempo de duração aqui funciona como critério diagnóstico, ou seja, acima de 20 dias - insônia crônica, abaixo - transitória. Em todos os dois quadros é importante umaboa avaliação antes da prescrição de um sonífero.
Devido muitas vezes o negligenciamento ou esquecimento do profissional médico em relação ao transtorno de insônia, recentemente surge uma disciplina chamada medicina do sono, onde tem se desenvolvido técnicas e pesquisas como a polissonografia. A insônia pode afetar todas as idades, porém, idosos, mulheres, população de nível sócio-econômico desfavorecido são mais predisponentes à esta patologia, chegando na população adulta dos Estados Unidos a 30(por cento).
O projeto mundial sobre o sono e a saúde surge com a preocupação da OMS da insônia como um sério problema de saúde pública. Ultimamente tem se desenvolvido nos estudos como o aparecimento da polissonografia que seria um mesclado que combinam eletroencefalograma com eletrooculograma, melhorando a mensuração objetiva dos vários parâmetros do sono.
Quando bem diagnosticado temos que interferir com a terapêutica – lembremos que a insônia tem etiologias várias, a princípio para todos os pacientes, orientações nutricionais e medidas comportamentais são de fundamental importância no tratamento. Porém se este transtorno não é tolerado por medidas físicas e psicológicas podemos lançar mão de um hipnótico que é um importante remédio para induzir e manter o sono. Existem vários procedentes na praça e a sua prescrição deve ser cautelosa pela predisposição à dependência.