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Discursos-->Controladores de vôo estão sem pai e sem mãe -- 31/10/2006 - 16:29 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
" ...O comandante da aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, e o chefe do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), major-brigadeiro Paulo Roberto Vilarinho, estiveram reunidos ontem, às 11h, com os controladores de vôo do Cindacta 1. "

"...Alguns dos controladores afirmaram, depois do encontro, que se sentiram frustrados. Para eles,

Bueno não colocou nenhuma solução. “Ele deixou claro que nada irá mudar e que quem estiver incomodado pode sair”, disse um dos que participaram da reunião."

----- Original Message -----
From: RESERVAER
Sent: Tuesday, October 31, 2006 3:48 PM
Subject: A SOLUÇÃO SERIA DESVINCULAR DA AERONÁUTICA?


Controlador de Vôo - Embora fundamentais para a segurança aérea no Brasil, os controladores de vôo sempre foram profissionais anônimos. Das salas de monitoramento, trabalham dia e noite para evitar acidentes no espaço aéreo, atuando como verdadeiros anjos da guarda. Atualmente uma chamada “operação-padrão” dos controladores tem causado grandes atrasos nos aeroportos brasileiros. A conduta de seguir à risca as normas de segurança — espaçando o tempo e a distância entre as decolagens, por exemplo — seria uma forma de manifestar o descontentamento com as condições de trabalho, já que a sua quase totalidade são militares e não podem fazer greve. As principais reivindicações da categoria, que soma cerca de 2.700 profissionais, são revisão salarial, oportunidades de capacitação, reforço de pessoal e desvinculação da Aeronáutica. O salário inicial, de cerca de R$ 1.700, chega, ao longo de 30 anos de trabalho, no máximo a R$ 3.700. Qual a melhor solução para essa situação?

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A SOLUÇÃO SERIA DESVINCULAR DA AERONÁUTICA OU PRIVATIZAR?

Feriadão será caótico - Publicado no Correio Brasiliense

Responsáveis pelo controle de tráfego aéreo cruzaram os braços durante duas horas e paralisaram oito aeroportos no país para decolagens. Governo diz que solução deve vir dentro de 60 dias, no mínimo

Hércules Barros, Mariana Mazza e Pedro Paulo Rezende
Da equipe do Correio

No quarto dia seguido de atrasos em vôos que chegam e partem dos principais aeroportos brasileiros, o governo federal deu sinais que está refém dos controladores de vôo. Ontem à tarde, uma ação articulada dos operadores parou oito aeroportos por pelo menos duas horas para decolagem. Sem solução a curto prazo, a previsão é que o caos volte a se instalar no feriadão de finados. O ministro da Defesa, Waldir Pires, não está nada otimista com o prazo para solução. Ele acredita que uma situação conveniente só será possível depois do Natal e Ano Novo, em 60 ou até mesmo 90 dias.

O ministro admitiu que faltam recursos humanos e que a área carece de pessoal de “stand by”. “Não se fabricam controladores de vôo. Preparam-se controladores”, ressaltou Waldir Pires. Ele disse que é necessário um tempo de adaptação de novos profissionais que venham reforçar o quatro atual de controladores de vôo. Seis substitutos, remanejados de outras áreas, devem assumir postos no 1º Centro Integrado de Defesa Aéreo e Controle Tráfego Aéreo (Cindacta 1) até a próxima quinta-feira. Existem no país 2.759 controladores, sendo que 2.122 são militares. Como trabalham em jornadas de seis horas, com 48 horas de descanso, mais de 60% possuem curso superior e exercem outras profissões.

Ontem, em reunião com o comandante da aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos da Silva Bueno, o presidente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e o presidente da Infraero, José Carlos Pereira, o ministro pediu que sejam restauradas as condições de vôo. Waldir Pires sugeriu a contratação de civis. “É bom que se tenha gente acima do indispensável”, disse.

Questionado sobre a existência de uma operação padrão dos controladores de vôo, o ministro disse não crer em hostilidade da categoria. Ele atribuiu o congestionamento aéreo ao período das eleições, mas não deixou de ressaltar o momento de “estresse” com o acidente do Boeing da Gol. “Qualquer tragédia na vida da gente produz emoção”, disse.

Excesso

Segundo a aeronáutica, a retenção de aviões nos principais aeroportos foi provocada pelo excesso de fluxo em Brasília, que gerou reflexos em aeroportos do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Vitória. Em nota conjunta, a Anac e o Comando da aeronáutica afirmaram que “problemas de excesso no tráfego (...) geraram a necessidade de retenção de algumas aeronaves no solo”, principalmente em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho, afirmou que a organização desconhecia a suspensão dos vôos. Ele admitiu, contudo, que os controladores haviam alterado o ritmo de trabalho mesmo antes da decisão da Anac. “Isso, que a mídia está chamando de ‘Operação Padrão’ nada mais é do que a situação que deveria existir”, disse. De acordo com Botelho, há muito tempo a categoria estava resolvendo o problema da aviação e das companhias em detrimento à segurança. “Agora resolvemos que não vamos mais correr esse risco”, acrescentou.

Pela manhã, o ministro Waldir Pires, ainda surpreso com o caos dos aeroportos, disse que a decisão dos controladores de vôo de aumentar a distância entre os aviões que pousam e decolam, medida apontada como um dos principais fatores para os atrasos, é mesmo correta. “Estava na presunção de que havia absoluto cumprimento de todas as regras internacionais. Os controladores exercem um papel muito importante e têm que cumprir o que está na lei”, ressaltou.

O ministro chegou em Brasília ao final da manhã de ontem em um vôo da OceanAir, vindo de Salvador (BA), com um atraso de 13 minutos. Com passagens marcadas para ida e volta pela Gol, o ministro negou que a mudança de companhia aérea tenha sido causada pela longa espera no embarque em Brasília, na sexta-feira passada, quando o vôo 1742 com destino a Salvador, previsto para sair às 13h50, decolou três horas depois.

Reunião

O comandante da aeronáutica, Luiz Carlos Bueno, e o chefe do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), major-brigadeiro Paulo Roberto Vilarinho, estiveram reunidos ontem, às 11h, com os controladores de vôo do Cindacta 1. No encontro, segundo o Centro de Comunicação Social da aeronáutica (Cecomsaer), Bueno se mostrou preocupado com as condições de trabalho e lembrou que seu primeiro compromisso ao assumir a força foi visitar as instalações do centro.

Alguns dos controladores afirmaram, depois do encontro, que se sentiram frustrados. Para eles, Bueno não colocou nenhuma solução. “Ele deixou claro que nada irá mudar e que quem estiver incomodado pode sair”, disse um dos que participaram da reunião.

A convocação de controladores aposentados e transferidos para a reserva, proposta por Waldir Pires, tem vantagens numa situação emergencial, segundo estudos realizados pelo Departamento de Controle de Espaço Aéreo (DCEA), há dois anos. A primeira, é que a preparação de um especialista leva cerca de quatro anos. Os concursados só poderiam operar em tráfego de área, a tarefa mais complexa, em 2010.

A categoria reivindica novas contratações porque os militares estão sob pressão, para cobrir escalas abertas pela saída de civis da profissão. A segunda, é a grande experiência dos veteranos, o que poderia contribuir para o aperfeiçoamento dos procedimentos usados atualmente. Antes de serem recontratados, eles passariam por uma bateria de exames médicos e psicológicos.

Oficiais da aeronáutica acham que os controladores de vôo são profissionais que mereceriam um tratamento diferenciado na força. “São técnicos altamente especializados, que passam por uma rigorosa avaliação médico-psicológica, e que recebem o mesmo que um sargento que toca bumbo na banda da Base do Galeão”, disse um militar que trabalhou na implantação do Cindacta 4. Outro, comentou: “Deveriam ter uma gratificação adicional pesada pela responsabilidade do seu trabalho”.

DIREITO A INDENIZAÇÃO

Quem sofreu algum prejuízo, por causa dos atrasos das companhias aéreas, tem o direito a indenização. Alguns passageiros já começaram a se movimentar nesse sentido, registrando reclamações na ouvidoria da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). “Recebemos 100 telefonemas sábado e domingo, mas registramos só 60 queixas, que serão encaminhadas à Anac”, diz Aluízio Torrecillas, ouvidor-geral da Infraero. Como a aeronáutica não admitiu oficialmente a greve dos controladores de vôo, responsabilizando o excesso de tráfego pelos atrasos, o passageiro terá mais dificuldade em achar um culpado.

"Não se fabricam controladores de vôo. Preparam-se controladores"

Waldir Pires, ministro da Defesa

O número

2.759 profissionais trabalham no controle do tráfego aéreo brasileiro — 2.122 são militares



Profissão estressante e mal remunerada

Embora fundamentais para a segurança de quem viaja pelos ares brasileiros, os controladores de vôo sempre foram profissionais anônimos. Das salas de monitoramento, trabalham dia e noite para evitar desastres no espaço aéreo, atuando como verdadeiros anjos da guarda dos pilotos. Mas pouco ou nada se falava desses profissionais altamente especializados até o acidente com Boeing 737 da Gol, em 29 de setembro, que deixou 154 mortos.

A publicidade ficou ainda mais forte nos últimos quatro dias. É que uma “operação-padrão” dos controladores tem causado atrasos de até seis horas nos aeroportos brasileiros. A conduta de seguir à risca as normas de segurança — espaçando o tempo e a distância entre as decolagens, por exemplo — seria uma forma de manifestar o descontentamento com as condições de trabalho, já que por serem militares não podem fazer greve, além de garantir mais segurança aos passageiros.

As principais reivindicações da categoria, que soma cerca de 2.700 profissionais, são revisão salarial, oportunidades de capacitação, reforço de pessoal e desvinculação da Aeronáutica. Apenas 15% do quadro é formado por civis, na maioria funcionários da Infraero. Os militares passam por 24 meses de curso em Guaratinguetá (SP) e um estágio antes de encararem os consoles de controle.

O salário inicial, de cerca de R$ 1.700, chega, ao longo de 30 anos de trabalho, no máximo a R$ 3.700. Ao contrário da baixa remuneração, a rotatividade é alta. “Ou eles se dividem num segundo emprego ou acabam deixando a carreira, passando em concursos melhores”, explica Ernandes Ferreira da Silva, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo. “Na estrutura militar, não tem possibilidade de crescer. O governo precisa ter coragem de mudar isso, estabelecer um prazo para que a profissão se torne civil.”

O estresse é companheiro diário dos controladores de vôo que, munidos de binóculos, fones de ouvido e computadores, tomam para si o controle das aeronaves ao menor sinal de colisão. Como se fossem o piloto, por alguns segundos, eles ditam a direção que o vôo deve seguir para evitar o choque. A precisão é o principal ingrediente desse profissional que não pode errar. Mas, justamente numa atividade como essa, a falta de cursos de capacitação e reciclagem é problema constante.

Além dos conhecimentos de aviação, os controladores precisam ter pelo menos um nível intermediário de inglês. Todos os dias eles se comunicam com pilotos do mundo inteiro utilizando o idioma universal. O uso inadequado dos verbos modais na fraseologia de tráfego aéreo tem colocado aeronaves em risco de colisão e, às vezes, causando até mesmo acidentes aéreos. “É possível que, no caso da Gol, o inglês tenha sido um fator que contribuiu para o acidente”, opina Silva. (RM)





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