Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.” Teriam sido essas as palavras do messias cristão (Mateus 10:34-35). Mas, o que a experiência nos mostra é que a guerra é fruto natural da religiosidade. Segundo o célebre biólogo Richard Dawkins, "os homens viveriam melhor sem crenças religiosa".



POR QUE AS RELIGIÕES, TIDAS COMO ELEMENTOS DE COMUNHÃO COM DEUS, ACABAM SENDO FRATORES DE DIVISÃO ENTRE OS POVOS DA TERRA?"As religiões pregam a comunhão dentro dos próprios limite. E promovem a separação em relação às demais religiões. É claro que as pessoas também se dividam em torno de crenças políticas e ideológicas. Mas, quando tratamos de crenças políticas, podemos ao menos discuti-las. Com a religião não é assim. Por definição, a religião é baseada na fé. Você apenas diz: "Eu acredito porque acredito". E logo surgem aqueles que acrescentam: "Se você acredita em algo diferente, então vou mata-lo".



O INSTINTO DE PRESERVAÇÃO NÃO DEVERIA IMPEDIR QUE AS PESSOAS SE MATASSEM POR RAZÕES COMO AS RELIGIOSAS? Sim, mas porque os homens-bomba acreditam que irão para o paraíso – e porque a vida deles geralmente é miserável – o suicídio se torna um comportamento racional. Se pudéssemos abolir a religião ou convencer as pessoas de que suas religiões são ilusões, provavelmente não teríamos mais atentados suicidas.



O ISLAMISMO É MAIS PERIGOSO DO QUE OUTRAS RELIGIÕES? Não se deve olhar apenas para o presente. O islã hoje é a religião mais belicosa, mas não foi assim nos séculos passados. Todas as três grandes religiões monoteístas – islamismo, judaísmo e cristianismo – autorizam as pessoas a ter posições muito fortes e apaxonadas. Isso é tão verdade para o muçulmano Bin Laden quanto para o protestante Bush" (Richard Dawkins, em entrevista à Veja: edição de 23 de junho/2004, pág. 99).

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