Usina de Letras
Usina de Letras
14 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Como está o mundo hoje ? -- 14/08/2004 - 19:33 (Don Cuervo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Como está o mundo hoje?





VOCÊ que tem suficiente idade para se lembrar de 1945 viu alguma mudança nos costumes e na moral? Milhões aceitaram a “nova moralidade”, que supostamente oferece maior liberdade. Mas, a que preço?



Um homem de 85 anos, que serviu na marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial, declarou: “Nos anos 40 havia bem mais confiança entre as pessoas, e os vizinhos ajudavam uns aos outros. Onde morávamos, na Califórnia, nem era preciso trancar as portas. Não havia crimes de rua e, com certeza, nenhuma violência armada nas escolas. Agora, a confiança entre as pessoas praticamente desapareceu.” Qual é a situação hoje na parte do mundo em que você vive? Relata-se que, na cidade de Nova York, metade dos adolescentes com mais de 14 anos portam armas. Em algumas escolas usam-se detectores de metal para prevenir a entrada de canivetes, estiletes e revólveres. Anualmente, cerca de um milhão de adolescentes nos Estados Unidos engravidam, e uma dentre três provoca aborto. Há meninas que já são mães — crianças tendo bebês.



No Rio de Janeiro e São Paulo não é diferente, moradores destas duas cidades são testemunhas oculares da situção onde vivem. Digo eu, sim eu, que o Rio de Janeiro era maravilhoso a bordo de um saudoso Electrra quando decolava do Santos Dumont e sobrevoava a baia da Guanabara com destino à Terra da Garoa. Lá embaixo a cidade e mais violenta do que se apregoa.



O poderoso lobby em favor dos gays e lésbicas atua tão bem na promoção desse estilo de vida que cada vez mais pessoas o toleram ou adotam. Mas, junto com outros, eles também têm pago um alto preço em forma de doenças e morte causadas por doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. A epidemia da Aids disseminou-se entre a população heterossexual e os consumidores de drogas. Tem desferido um golpe mortal por toda a África, Europa, América do Norte e do Sul. E não há fim à vista.



A obra A History of Private Life declara: “Violência, alcoolismo, drogas: estas são as principais formas de comportamento transviado na sociedade sueca.” Essa declaração condiz com a realidade da maioria dos países no mundo Ocidental. Com o colapso dos valores religiosos, tem havido uma enxurrada de degradação moral mesmo entre muitos clérigos.



Abuso de drogas: naquele tempo e agora





Nos anos 40, o abuso de drogas era praticamente desconhecido da população em geral no Ocidente. As pessoas já haviam ouvido falar em morfina, ópio e cocaína, é verdade, mas apenas um grupo relativamente pequeno abusava dessas drogas. Me lembro de ter visto uma pilulazinha de LSD na mão de um aluno no colégio, mas sabe-se até hoje de que não era viciado. Não havia barões da droga nem traficantes, como hoje. Não havia vendedores de drogas nas esquinas de rua. Mas, qual é a situação hoje? Muitos leitores sabem a resposta pelo que vivenciam na sua própria comunidade. Assassinatos relacionados com drogas estão virando uma ocorrência diária em muitas das principais cidades do mundo. Políticos e juízes ficam subjugados a poderosos barões da droga que podem ordenar e executar o assassinato de qualquer pessoa influente que não coopere. A história recente da Colômbia e suas conexões da droga são prova disso.



O flagelo das drogas ceifa anualmente cerca de 40.000 vidas, só nos Estados Unidos. Este problema obviamente não existia em 1945. Não é de admirar que, depois de décadas de tentativas da parte de governos de erradicar o abuso de drogas, Patrick Murphy, ex-chefe de polícia da cidade de Nova York, escrevesse um artigo para o Washington Post com o título “A guerra contra as drogas acabou: as drogas venceram”! Ele disse que “o comércio de drogas . . . está agora entre os mais bem-sucedidos empreendimentos nos [Estados Unidos], com lucros que podem chegar a + - 250 bilhões de dólares este ano”. O problema é colossal e parece insolúvel. O abuso de drogas tem uma crescente clientela e, como em muitos outros vícios, seus clientes são viciados. É uma indústria que sustenta a economia de várias nações. Um governo paralelo na Colombia mantém um exército de 10 mil homens mais uma imensidão de trtabalhadores rurais mantendo o cultivo da coca e maconha.



John K. Galbraith, professor de economia, escreveu em seu livro The Culture of Contentment: “O tráfico de drogas, tiros a esmo e outros crimes, bem como a desorientação e desintegração da família são hoje aspectos da vida cotidiana.” Ele diz que certas comunidades de grupos minoritários, em muitas das grandes cidades americanas, “são agora centros de terror e de desespero”. Ele escreve que “pode-se esperar mais ressentimentos e convulsões sociais”. Por quê? Porque, diz ele, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres — “a subclasse”, cujo número está aumentando — ficam cada vez mais pobres.



Os tentáculos do crime internacional





Atualmente, sobram evidências de que grupos criminosos estão espalhando a sua influência no mundo inteiro. Por anos, o crime organizado, com suas “famílias”, tem tido seus vínculos entre a Itália e os Estados Unidos. Por vezes o secretário-geral da ONU, tem alertado que “o crime organizado em escala transnacional . . . zomba de fronteiras e torna-se uma força universal”. Disse ele: “Na Europa, na Ásia, na África e na América, as forças das trevas estão ativas e nenhuma sociedade é poupada.” Ele disse também que “o crime transnacional . . . mina os próprios fundamentos da ordem democrática internacional. Perverte o clima comercial, corrompe líderes políticos e mina os direitos humanos”.



O mapa mudou





Vaclav Havel, ex-presidente da República Tcheca, disse num discurso em 1995 na Filadélfia, EUA, que os dois mais importantes acontecimentos políticos na segunda metade do século 20 foram o colapso do colonialismo e a queda do comunismo na Europa Oriental. A comparação de um mapa de 1945 com um de 2004 logo aponta as convulsões que têm ocorrido no cenário mundial, em especial na África, na Ásia e na Europa.



Compare a situação política dessas duas datas. Nos decorridos 50 e poucos anos, o comunismo atingiu seu apogeu e acabou renegado na maioria dos ex-países comunistas. Nessas nações, o governo totalitário cedeu lugar a alguma forma de “democracia”. Contudo, muitos estão sofrendo os efeitos da transformação de sua sociedade numa economia de mercado. O desemprego se alastra e, em muitos casos, o dinheiro perde o valor. Em 1989, o rublo russo valia US$ 1,61. Em 1995, eram precisos mais de 4.300 rublos para igualar um dólar! De lá para cá muita coisa mudou para pior e tem atingido grandes proporções.



Segundo a revista Modern Maturity existem hoje mais de 40 milhões de russos que vivem abaixo da linha de pobreza. Certa senhora russa disse: “Não podemos nem morrer. Não dá para pagar o enterro.” Mesmo um funeral simples custa uns R$ 400,00, a média brasileira. Corpos não-sepultados se amontoam nos necrotérios. Ao mesmo tempo, convém lembrar que mais de 40 milhões de americanos vivem abaixo da linha de pobreza nos Estados Unidos. Lá também pessoas fixam residências embaixo de pontes e terrenos baldios mas não são vistos na TV, muito menos em filmes. Tudo parece uma maravilha.



O correspondente financeiro do Guardian Weekly, Will Hutton, escreveu a respeito dos problemas da Europa Oriental. Sob o título “Começa a era da ansiedade”, ele declarou: “O colapso do comunismo e o recolhimento da Rússia ao seu menor tamanho desde o século 18 são eventos cujas implicações ainda não conhecemos bem.” Cerca de 25 novos Estados substituíram o ex-Império Soviético. Ele diz que “o júbilo com que foi recebido o colapso do comunismo virou agora crescente ansiedade quanto ao futuro. . . . O mergulho na anarquia econômica e política é cada vez mais provável — e a Europa Ocidental não pode esperar permanecer imune”.



Com um enfoque tão pessimista, não é surpresa que Hutton conclua seu artigo dizendo: “O mundo precisa de uma bússola melhor do que meros apelos em favor da democracia e da economia de livre mercado — mas não há nenhuma ao seu alcance.”



Portanto, onde podem as nações encontrar uma solução?





Ðon Cuervo






Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui