O que nos legou, neste tempos passados e ainda hoje, a todos os tipos de sofrimento foi a nossa egoísta convicção de que sempre fomos criaturas muito especiais dentre todas na Terra para podermos considerar sublimes outras formas de Vida. Tal fato que limitou extremamente o nosso já tão decadente entendimento. Dai, como respeitar o que não consideramos! Perdemos nossa atenção e espírito de responsabilidade para com todos os outros seres, no qual a Vida se manifesta espontaneamente. A superioridade de conhecimento foi definida no homem, não para que ele se auto proclame perante a inferioridade das criaturas, mas foi tornado especial e conhecedor para que cuidasse, incondicionalmente, de toda as coisas, criadas com discernimento e bondade. Somos testemunhas vivas de toda a Bondade da criação.
Quando falamos ou pensamos em Vida, egoistamente ligamos esta a limitada e deficiente compreensão humana e relegamos ao esquecimento todas as outras criaturas. E nem ao menos sabemos o que é Vida.
Quando falamos ou pensamos em Vida, egoistamente limitamos seu entendimento e o direito a ela às ambiciosas fronteiras humanas. Dessa maneira dois homens se respeitam mutuamente, mas os dois ao mesmo tempo esmagam uma pequena e indefesa formiga entre seus polegares em uma superfície qualquer, causando assim, embora impensadamente, sua covarde morte. Há algum respeito a Vida por parte destes homens?
Se responderem que sim é pobre, limitada, medíocre e hipócrita o seu conceito sobre Vida e a tudo que ela representa. Porque ninguém é A Vida, mas apenas uma pequena manifestação dela que se faz real em cada substancia do universo impregnando-o como uma força geradora que envolve, penetra, entrelaça e justifica a verdadeira Unidade em tudo que conhecemos como Vida, e insana e erroneamente, consideramos como não Vida. Desconhecem seu significado, e o que ela representa pois a concepção sobre Vida vai muito além do que podemos conceber. É o laço que une tudo no milagre da Criação e que torna tudo um. Porém se disserem não, ainda não estarão compreendendo a Vida, mas estarão começando a encontrar o início das desgraças Humana.
Alguns perguntam: São muitas as desgraças que visitam a humanidade. Como apenas o nosso conceito sobre o respeito a Vida podem nos levar a tanto sofrimento?
Se afirmamos, indevidamente, uns aos outros que respeitamos e amamos a Vida, como então explicar a capacidade de matar intencionalmente e sem o mínimo recentimento uma formiga ou qualquer outra forma de Vida? Se a matam é por que não a reconhecem como forma de Vida e, como aos olhos de Deus ela é uma forma tal de manifestação de Vida, tão real quanto a nossa, frágil e mentirosa é então o respeito entre todos nós. Mesquinho e idiota é aquele que pensa ser ele a única forma de Vida. E pobre e já condenada é a alma que pensa ser ela uma forma especial de Vida. A Vida é especial o que torna tudo especial uma fez que ela é manifesta em todas as coisas. Como somos apenas uma de suas enézimas manifestações concebidas por todo a reino da Criação, pressupõe-se então que o ser humano não pode ser considerado como uma forma especial de Vida, mas sim uma forma especial de manifestação da Vida.
Se somos incapazes de respeitar a Vida, então o que é o respeito entre eu e você e principalmente entre as pessoas que aglomeram nossa Humanidade? Imaginem agora o quanto tem sido mentirosa as nossas ações aos olhos de Deus e quão distante está a nossa verdade de um ser que de longe foge a nossa limitada concepção.
Não se nasce com o conceito real e final da Vida, pois ela se renova a cada instante, a cada Criação, porém podemos aprender a valorizá-la, a plantá-la dentro de nossas almas.
Muitas das imensas árvores nasceram de uma pequenina semente que não estavam em seus determinados locais, mas foram levados e plantados naquela região de alguma forma. Façam, então, do respeito, do amor, da fraternidade e principalmente da Vida uma semente e a plantem bem fundo nos seus corações e a reguem com toda a força da verdade e da vontade de crescer e suas raízes, com toda certeza, se fixarão de tal forma em suas almas que quando acordarem pelas manhãs vindouras perceberão que até as pedras lhe parecerão ter Vida e a própria morte aprenderá a correr, pois grande será o seu medo de tão intensa luz de Vida.
Neste dia, quando realmente conhecermos a Vida e a nossa parte de responsabilidade na grande jornada da Criação as sabedorias passarão a brotar nos corações dos homens como vegetais em terra fértil e a cada manhã o sol surgirá no horizonte com dez raios de luz a mais. E não só brilhará, mas sorrirá ao testemunhar tanta abundância de Vida. Estaremos prontos para escrever a grande página da bondade humana sobre as asas do amor e da fraternidade Universal.
Como procurar uma casa estando dentro dela? Pois é hora de pararmos de buscar a Vida pois nos encontramos, todos, mergulhados eternamente em suas dimensões e sabermos que um único tijolo nunca será uma casa, a não ser quando reunidos em Um por uma massa. Dessa maneira um único ser humano nunca será uma Humanidade, a não ser quando reunidos em Um pela massa da Vida. E a Vida é o pseudônimo utilizado por Deus quando quer escrever esta sutil palavra nas linhas da humildade. Linhas estas que apenas os espíritos universalmente fraternos conseguem ler.
