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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->PODERIA SER DIFERENTE PARTE 15 -- 08/07/2002 - 14:39 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEQ. 37 - LIMBO: EM PB

Está de costas. Silvia abre os olhos. Vê uma grade enorme de cor PRETA cair sobre ela. Ela tapa os olhos de medo.
Aos poucos ela abre os olhos. Sobre a grade está uma figura totalmente estranha com uma foice nas mãos. É a morte.
Silvia se apavora e corre para um canto da grade, encolhida. Olha para cima não vê mais afigura. Ela tenta procurar dentro do espaço com olhos mas não a vê. Acalma-se.
A morte surge do seu lado. E abre um grande sorriso. Silvia pula para o meio. Silvia tenta gritar mais não sai a voz. A morte da fortes gargalhadas. Esfrega a foice nas grades rodeando a menina. A morte tem o corpo leve. É o mesmo que dançava o bolero.
Silvia corre para todos os lados dentro da grade, mas não consegue sair nem falar nada. A morte fica séria, lhe estende a mão. Ela para, sua correria. A morte faz sinal chamando Silvia para o seu lado. Silvia vai indo para o lado DA MORTE. A morte sai correndo, pula, dança exoticamente, ela aponta a foice para a barriga de Silvia e vem vindo.

MORTE: Mata, mata, mata. Tira, tira, tira. (dança com as palavras e repete)

Silvia Fica olhando a morte, põe a mão na barriga, sai fumaça, esquenta a mão. Ela tira a mão rápido.

Colorido. (40 % DE COR )

Surge do outro lado o capeta. Veste roupas vermelha e preta. Capa preta por fora e vermelha por dentro.

CAPETA: Vim para te levar. Vais comigo, para viver ao meu lado, por toda a eternidade.

Silvia põe as mãos na frente tentando dizer não. Vira-se para o outro lado.

MORTE: Eu vim para lhe dar o descanso eterno, mas ele...

CAPETA: Calor, muito calor. Fogo, fornalha. Labaredas que não acabam mais. LABAREDAS QUE SE APAGAM, USUFRUINDO A CHAMA PURA. INDO SEMPRE DENTRO D’ALMA, SUCUMBINDO SEM AMARGURA.

MORTE: Mata, mata, mata. Tira, tira, tira. (dança)

CAPETA: (CANTA) Venha, vamos embora. (FALA) Vou te levar.

MORTE: Morre, morre, morre.

CAPETA: (BRAVO) Tá demorando demais. Vamos logo. (estica o braço para dentro das grades)

Silvia pula para trás, cai de costas, gritando.
Ao cair, fusão com ela nas Ruínas de costas gritando:

SEQ. 36 B – RUINAS./DIA

SILVIA: Não.

Silvia acorda, olha, não vê nada em volta. Apenas um cachorro que sai correndo.
Silvia senta-se numa caixa velha. E cantarola.

SILVIA: Psiu. Nana neném que a cuca vem pegar. Papai foi embora, mamãe foi batalhar. (olha para frente) Seus olhos são tão lindos, seu rostinho um cristal. 16 anos. 16 anos nos separa. (olha para o lado, no olho da câmera) Não, não faça isso. (grita) Não faça isso. É perigoso. (vagando) Neném tá safado, neném tá peralta. ( a câmera passeia rapidamente ao seu redor.)

Silvia passa mão barriga.

SILVIA: O papai? Não sei do papai. E agora? Mas a mamãe está aqui. Eu vou cuidar de você. Vamos viver juntos para sempre. O homem imortal virá nos buscar, e nos levará para um lugar maravilhoso. Cheio de flores. Flores para todos os lados. Rosas, muitas rosas. Rosas e espinhos. Espinhos por todos os cantos (ela ficando apavorada) espinhos pelos caminhos, espinhos nas ilusões. (desespera-se) espinhos, espinhos. (pausa) Acho melhor você ir, eu não. Está sumindo o efeito da droga... (Silvia ouve uma forte batida de porta)

Silvia vira-se e vê uma porta bem no meio da ruína. Com batente e fechadura
Silvia ouve o batido novamente.
Silvia levanta-se devagar, está arrepiada.

SILVIA: (para si) Quem será? (para a porta) Quem está aí?

Silêncio total. Começa tocar a música de guerra dos bailarinos.
Silvia caminha para a porta ouvindo o som da música.
Ao abrir a porta, acontece uma explosão no local.
Silvia cai para trás, ao se levantar...
A porta desaparece e no lugar há um pacote branco.
Ela pula com força sobre o pacote. Apalpa com carinho. Começa excitar-se com a idéia de se drogar. Sorri. Pega o pacote e sai correndo para todos os lados.

SILVIA: É um presente maravilhoso. É o manjar dos Deuses. (trovão muito forte)

Silvia para de correr.
Solta a coca no chão. O pacote está estourado. Ela apenas olha. Tira da roupa um canudinho e pulo com tudo sobre o pó.

CORTE COM FADE.

Silvia levanta-se delirando. Anda de braços aberto pelas ruínas.

SILVIA: Eu sou livre, vou voar, estou voando. Vou para o fim do mundo.

Silvia para e olha para a barriga.

SILVIA: Mas com você aqui, não dá. (ri forte) Vai Ter que sair daqui rapidinho. Não estava com pressa a algum tempo atrás, então. Vou te dar um empurrãozinho. Aí você não vai mais me atrapalhar. (bate na barriga) Eu não preciso de você. Eu não preciso de nada. Eu preciso de... (grita) socorro, eu preciso de ajuda. Alguém me ajude (Silvia começa a rodar em volta, imagem de cima bem de perto)

A Câmera vai abaixando e acompanha ela rodando dando close. A imagem vai se fechando e chega num super close.

SEQ. 37 B – LIMBO.

Olhos de Silvia espantada. Abrindo a imagem. Silvia está dentro do mesmo local branco de antes.
Dessa vez sem a grade PRETA. Silvia para de rodar. Está só. Ela sorri e senta-se no chão. Ouve alguém por trás. (delírio)

LUCAS: Você deveria Ter tomado cuidado.

Os personagens a seguir vão aparecendo um em cada canto do cenário.

SARA: Não me ouviu, e agora veja o seu estado?...

CARLA: Eu passei doença para você, imbecil.

ANTÔNIO: Eu não quero ver você com essa gente.

LUCAS: Vamos transar no lago. Foi inesquecível.

SARA: Deixa esse sujeito para lá. Ele não presta.

CARLA: Sexo é bom, é ótimo, é tesão.

ANTÔNIO: Tudo está desgraçado.

SILVIA: (grita) O que vocês querem de mim?
Os personagens se juntam num canto, sentam-se sobre um banco e ficam todos olhando para Silvia, e apontando o dedo e rindo. Nisso surgem a Morte e o capeta. Aparecendo um de cada vez, em posição diferente.

MORTE: Você está ficando louca.

CAPETA: E eu vou te levar.

MORTE: Você pecou contra Deus.

CAPETA: Mas eu te quero para sempre.

MORTE: Você não confessou os pecados.

CAPETA: Por isso, serás minha.

MORTE: Você abusou da bebida, das drogas...

CAPETA: Há essa coisa Cristalina. Que ora é negra, mata minha sede, toma de posse meu cérebro.. Que delícia!

MORTE: Você está ficando louca.

CAPETA: Vai morar comigo.

Os risos dos outros personagens aumentam de intensidade, a morte e o capeta começam a repetir as falas, risos mais altos. Silvia Tapa os ouvidos. (super close)

SILVIA: Socorro.

FADE.

SEQ. 36 C – RUÍNAS/DIA

Silvia acorda caída nas ruínas.

SILVIA: Alguém me ajude, não quero morrer. (chora) Eu não quero morrer. Por favor, eu não quero morrer.

Silvia ouve uma porta se abrindo. Ela olha por baixo vê a mesma porta se abrindo, e uma pessoa entrando.
Vemos somente os pés, vindo para o seu lado.
A pessoa chega bem perto, Silvia olha para cima.
É ela mesma, antes de se drogar. Bem vestida, limpa e sem barriga.

SILVIA 2: Olá, vim para te ajudar.

SILVIA: Agora, depois de tanto tempo?

SILVIA 2: Só agora, você me convocou. Se tivesse me solicitado antes. Quem sabe eu teria te ajudado.
SILVIA: Nariz empinado de sempre. (repete) quem sabe eu teria te ajudado... Teria nada. Você sempre quis ser dona dos seus atos. Nunca dividiu nada com ninguém. Não seria comigo, não é?

SILVIA 2: Quem sabe?

SILVIA: Então seja sincera comigo mesma, porque estou assim?

SILVIA 2: No mundo há vários caminho para serem seguidos. São livres e sem impedimentos. Mas quando escolhemos os que não fazem parte da nossa vida normal, dá nisso. E para pior. Você está assim, por você, e só sairá, por você mesma.

SILVIA: (OLHA EM VOLTA, ENCONTRA UMA ESPADA, VAI ATÉ ELA) Veja, alguém está iluminando o meu caminho.

SILVIA 2: Isso, mate as duas crianças que há em você.

SILVIA; Duas?

SILVIA 2: A que está dentro do seu últero e você mesma. É isso que você quer, morrer?

SILVIA: Quem sabe?

SILVIA 2: Os Falsos amigos, os que apenas preferem te ver na sarjeta. Ou os seus pensamentos?. Pensando que todos agem assim. A culpa por um dia não Ter ouvido.

SILVIA: Eu não agüento mais. Vou acabar com isso já.

A Silvia 2 desaparece.
Senta-se num banco velho, se droga mais uma vez. Em seguida pega a espada, levanta as pernas para cima bem devagar, e junto a espada.
Um som forte toma conta da cena. Close no rosto, em câmera lenta ela levanta a espada, e enfia na vargina. Mostrar apenas o seu rosto.
Enquanto isso, ouvimos os personagens gritando no seu ouvido. Com uma música muito forte em off.

MORTE: Você está ficando louca.

CAPETA: E eu vou te levar.

MORTE: Você pecou contra Deus.

CAPETA: Mas eu te quero para sempre.

MORTE: Você não confessou os pecados.

CAPETA: Por isso, serás minha.

MORTE: Você abusou da bebida, das drogas...

CAPETA: Ai que delícia!.

MORTE: Você está ficando louca.

CAPETA: Vai morar comigo.

Aqui Silvia apenas estoura os olhos de dor, levanta as mãos, vê a espada toda cheia de sangue, larga a espada e vai caindo. E enquanto cai ela revê pequenos momentos da sua vida. Em flashes bem rápidos. Em três tombos. E em cada intervalo, ouve-se a frase. (TUDO PODIA SER DIRENTE.)

MOMENTOS:

· O Oficial pregando o papel numa parede, ela soca o pai.
· O pai jogando.
· O mendigo no dia da chegada.
· O pai bebendo.
· Os amigos de escola bebendo e fumando.

Primeiro tombo.

· Lucas e ela na lagoa.
· Silvia vendo Carla morta.
· Silvia na frente do gordo.

Segundo tombo.

· Silvia atirando em Lucas.
· Silvia atirando nos rapazes.
Cena inédita:

SILVIA: (Diz ao cabeludo na beira de um balcão) Eu nunca te pedi nada, nesses meses de convivência amistosa, por favor, me leve até a cidade do meu pai e amigos.

Terceiro tombo.

Corte:

O pai de Silvia deixa cair um saco de farinha no chão.
Larga tudo e sai correndo pelo pátio.
As amigos ficam fazendo sinal de louco para ele.
Na portaria ele diz ao guarda:

ANTÔNIO: Preciso salvar minha filha. Ela está por perto. Eu sinto, e pede a minha ajuda. Diga ao patrão que amanhã retornarei. (pica o cartão e sai correndo)

CORTE:
A mendiga surge pedindo esmolas no meio de uma praça.
Quando alguém enfia a mão no bolso para lhe dar o dinheiro.

MENDIGA: Amigo, obrigada, mas não preciso mais. Acho que tem uma garotinha precisando muito da minha ajuda nesse momento. (sai correndo, de longe) É a recompensa.

CORTE:

Sara declama um poema no palco do teatro.
Dar close nos amigos. Federal, Amigo 1 e 2, e as meninas.

SARA: O poder do amor.

Ao som de sirenes de ambulâncias, o pai correndo por uma ciclovia, desesperado, a mendiga procurando uma entrada nas Ruínas, ouve se o poema de Sara.

SARA: O amor é coisa grande, o amor é coisa forte.
Com amor se faz milagres, o amor cancela até morte.

SEQ. 37 C – LIMBO.

Silvia está dentro do limbo branco.
Dessa vez sobre mesa branca e comprida, como numa mesa de cirurgia.
No fundo uma rosca sem fim está parada.
Silvia não vê a rosca.
Ela levanta-se e senta-se. Passa a mão nas pernas, está sujo de sangue. Põe a mão no coração.
Ouvimos uns batidos bem devagar. A espada está ao lado.
Silvia se move em câmera lenta. Enquanto isso, ouvimos vozes do povo.

VOZES DE PESSOAS:
Nossa, ela morreu.!
Porque ela fez isso?
Ela é tão novinha.
Deve ser uma drogada.
Ela está morrendo, veja.

No limbo, Silvia tem as pernas puxadas para o fundo. Ela se desespera.
A rosca sem fim é clareado por uma forte luz negra, e Silvia começa a ser puxada. Enquanto que ao seu redor tudo fica Preto e escuro.
Ouve-se a voz do pai, com eco e em off.

ANTÔNIO: Silvia. Silvia minha Filha, onde você está? Eu sei que está por aqui.

MENDIGA: Finalmente te encontrei. Só pode ser você.

Há uma mistura de imagem. Com a mendiga chegando perto de Silvia nas Ruínas, e Silvia ouvindo a voz no limbo escuro.

No limbo escuro, Silvia tenta se agarrar, mas não consegue. Luta contra a tal rosca.

SILVIA: Mãe, é você? Você voltou? Me ajude mãe. Por favor me ajude.

SEQ. 36 D - RUINAS

MENDIGA: (com Silvia em seu colo) Ela é tão linda. Parece que está querendo dizer algo.

SEQ. 37 D - LIMBO, VOZ EM OFF:

POVO: Deixa ela aí dona, já está morta.

MENDIGA: Se depender do Altíssimo não.

Silvia se arrasta pela mesa. A rosca puxa Silvia para engoli-la.

MENDIGA: (EM OFF) Filha, ainda me lembro de quando você era bebezinho, que eu cantava.

SEQ. 36 E - RUÍNAS:

MENDIGA: Nana neném, neném não quer nanar...

POVO: Essa mendiga idiota, pensa que é a mãe dela.

SEQ. 37 E - LIMBO:

SILVIA: (está sendo puxada) Socorro mãe, me ajude. (chora) não me deixe ir. Eu não quero morrer. Quero ficar com vocês.

MENDIGA: (em off) Você era alegre. Corria para lá e para cá. Tropeçava, caia e levantava. Tropeçava caía e levantava...

SILVIA: Só que dessa vez eu tropecei feio mãe. Cai, e não consigo me levantar. Por favor me dê sua mão, não me deixe ir. (música triste, close em Silvia mais calma) me perdoe meu Deus, por não Ter te ouvido.

SEQ. 36 F - RUÍNAS:

Antônio chega, e ajoelha-se por trás.
A mendiga se vira devagar. Ela esquece Silvia por um instante e olha para Antônio.

ANTÔNIO: Como ela está?

Os dois se olham fixamente. E Juntos falam.

MENDIGA: Antônio, é você?

ANTÔNIO: Marta?



SEQ. 37 F - LIMBO:

SILVIA: Pai, é o Senhor? Me perdoe.. (chora) mas já é tão tarde.

MENDIGA: (em off, disfarça) Ela está morrendo.

SILVIA: Não. Ainda estou aqui.

A roda começa a rodar com mais velocidade, Silvia vai sendo arrastada com mais forças.

SILVIA: Socorro, por favor me ajudem. Não me deixem ir.

SEQ. 36 G - RUÍNAS:

Silvia amolece no colo da Mendiga.
A mendiga se apavora. Chora.
Chega uma ambulância.

MENDIGA: Salvem minha filha.

Os bombeiros chegam correndo com a maca.

SEQ. 37 G - LIMBO:

A roda continua rodando forte.
Silvia tenta escapar da roda que já está engolindo ela.

MENDIGA: (EM OFF) Salvem minha filha. Preciso muito dela. Ela tá morrendo.

ANTÔNIO: Nós precisamos muito dela.

A roda para de rodar.
As luzes se ascendem.
O local volta ser muito branco, as vistas de Silvia se embaraçam. Ela não consegue enxergar direito por causa da luz. Fecha os olhos.

FADE

SEQ. 36 H - RUÍNAS:

Ao voltar, Silvia abre os olhos meios embaçados.
Silvia está sobre uma maca.
O pai de um lado e a mãe do outro. Os dois choram.
Os amigos estão todos ali. Os bombeiros vão levantá-la para dentro do SIATE, Silvia diz:


SILVIA:
Isso é um sonho?


Música emocionante.

MENDIGA: Filha?

PAI: Você está...

SILVIA: Viva,. Graças a Deus.

Alguns riem, os pais se emocionam

PAI: Por favor Senhores bombeiros, levem nossa filha. Um hospital a espera e a mim o meu serviço.

MENDIGA: Meu Deus, só agora me dei conta. Preciso tomar um banho para lhe dar um abraço bem cheiroso depois.

As pessoas riem.
Os bombeiros colocam ela no SIATE e saem correndo.
A câmera sobe, e todos vão saindo devagar.
Som de sirene fundindo com Sara no teatro.

TEATRO:

SARA: E agora, um depois. Depois de muito tratamento, de muita ajuda psicológica, do carinho dos verdadeiros amigos. Do amor dos pais, que apesar das farpas do passado voltaram a viver juntos. Silvia vive. Fez tratamentos para desintoxicar o sangue. Perdeu o vício das drogas, mas infelizmente não escapou da contaminação do HIV. E como ela chegou mais perto do altíssimo, hoje Silvia o valoriza muito mais. Faz tratamentos e tem uma vida normal. Sabemos que nem tudo é feliz para sempre. Mas enquanto podemos desfrutar da felicidade, desfrutemos com a maior intensidade possível, e que ela dure. Só peço que quando eu terminar, que os aplausos não sejam para mim mas para a sobrevivente dessa história toda, que hoje vive no mundo dos verdadeiros vivos. Sem a ameaça das malditas drogas.

Sara sai do palco devagar, se aproxima de Silvia. Pega nas mão dela.

SARA: Silvia, essa é sua vida. A última coisa que tenho a dizer para terminar é TUDO PODIA SER DIFERENTE, se..(balança a cabeça)

As pessoas começam a aplaudir. Repetem as palmas.
Gritam o nome de Silvia.
Sara e Silvia se Abraçam.
O Federal se aproxima de Sara, e lhe dá um beijo.
Os pais abraçam Silvia, Sara e o Federal chegam perto.
Os amigos se aproximam. Pegam Silvia e jogam para cima.

TODOS: Viva.

Os aplausos continua.
Freazing do grupo.

Créditos mostrando fotos e nomes dos atores.

FIM.
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