Conheci, de quando no mar estive,
vagalhões que surram os rochedos,
sem cessar . . , sem cessar . . .
Não longe, vagalhões eu vi,
que escorregam pela praia, suavemente,
sem cessar . ., sem cessar . . .
Como senti o privilégio da brisa,
que por lá desliza sobre as areias,
acariciando a preguiça em meu rosto,
que no conforto da treliça,
era esquecido em eterno cochilar.
Hoje, minha vida imita o oceano
e o coração surra este peito,
parece mesmo que vai dilacerar.
E quando as lembranças se agitam,
os olhos marejados se avermelham,
sem chorar . . ., sem chorar . . .
Um fogo de guerreiro me percorre,
reacende em mim o privilégio de saber,
saber lutar . . , saber lutar . . .
AdeGa/97
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