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Artigos-->JESUS CRISTO PODE ATÉ NÃO TER EXISTIDO -- 29/08/2004 - 19:30 (THEKLA - THEOLOGICAL KEY BY LOGICAL ANALYSIS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Hoje, 29 de agosto de 2004, foram encontrados no Google 136 registros com a expressão "jesus cristo nunca existiu". Mas o artigo mais consistente a respeito, pertencendo inclusive ao âmbito da Usina de Letras, afirma "Jesus Cristo nunca existiu, ou, se existiu, não fez nada de excepcional que dizem ter feito". Analisando tudo que encontramos sobre ele fora dos evangelhos e do que se escreveu posteriormente a eles, realmente há uma grande suspeita de que ele nem tenha existido. Em tendo existido, não deve ter sido mais do que um corajoso judeu que, inspirado nas crenças judaicas de que um dia surgiria aquele "messias" que deveria ter existido nos dias da Assíria, tentou salvar seu povo do domínio romano, porém não recebeu o devido apoio e fracassou, como alguns outros que também se julgavam o prometido "ungido" de Yavé.



Primeiramente, temos que levar em conta que ninguém que operasse os prodígios que dizem ter Jesus operado poderia ser tão desconhecido como ele foi em seus dias. Ninguém de seus dias escreveu a seu respeito. Só os seus seguidores o fizeram décadas depois da sua morte. Isso significa, das duas, uma: ou ele foi inventado, ou foi apenas um homem que, acreditando ser um enviado divino, tentou libertar os judeus dos romanos, mas foi insignificante para o povo de seus dias, a ponto de ninguém dizer nada sobre ele.



Os que tentam provar historicamente sua existência, só encontram escritos de pessoas que viveram muitos anos depois da data em que crêem que Jesus morreu. Isso os classifica entre os que simplesmente dizem o que ouviram dizer. O escritor mais próximo de Jesus, que existiu poucas décadas depois da sua morte, Flávio Josefo, vejam o seguinte:



“Naquela época, apareceu Jesus, homem sábio, se é que podemos chamar de homem. Realizou obras maravilhosas, sendo Mestre para aqueles que aceitam com amor a verdade. Atraiu a si muitos judeus e também pagãos. Este era o Cristo. Denunciado, pelos anciãos do povo, Pilatos condenou-o ao suplício e morte na cruz. Os que o amavam ficaram-lhes fiéis. Apareceu-lhes ressuscitado ao terceiro dia, como o haviam anunciado os divinos profetas que também previram coisas maravilhosas que iria realizar.”



Vemos aí a palavra de um religioso, que considerava divinos os profetas judeus, mencionando o que ouviu dizer.



Quanto a "Mischna (sec II) Gemara (sec. V) Toledoth Ieschua (narrativas sobre Jesus)", mencionados pelo nosso colega, não é diferente de eu falar de alguém que viveu no século XIX o que meu pai me disse ter ouvido alguém dizer que ouviu pessoas falarem dessa pessoa.



E a carta de Públio Lentulus?



Um dos nosso colegas apresenta uma carta do Governador da Judéia, predecessor de Pôncio Pilatos, Públio Lentulus, que diz ter sido "encontrado na Biblioteca Lazarista em Roma e de autenticidade comprovada". Mas vejamos o conteúdo da carta:



“Soube oh! Cesar! Que desejavas informações acerca desse homem virtuoso que se chama Jesus Cristo, que o povo considera um profeta e os seus discípulos, o Filho de Deus, criador de céu e da terra. Com efeito, Cesar, todos os dias se ouve contar dele coisas maravilhosas. Numa palavra, ele ressuscita os mortos e cura os enfermos. É um homem de estatura regular, cuja fisionomia reflete tal doçura e tal dignidade que a gente se sente obrigado a amá-lo e temê-lo ao mesmo tempo. A sua cabeleira tem, até as orelhas, a cor de nozes maduras e daí até os ombros um louro claro e brilhante. Divide-a uma risca ao meio. A sua barba, mesma cor da cabeleira é encaracolada, não longa, e também repartida ao meio. Os seus olhos severos têm o brilho de um raio de sol. Ninguém o pode olhar em face. Quando ele acusa ou verbera, inspira o temor, mas logo se põe a chorar. Até nos rigores é afável e benévolo. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas muitas vezes derramar lágrimas. As sua mãos são belas como seus braços. Toda as pessoas acham sua conversação agradável e sedutora. Não é visto amiúde em público, e quando aparece apresenta-se modestamente vestido. O seu porte é muito distinto. É belo. Sua mãe, aliás, é a mais bela das mulheres que já se viu neste país.

Se queres conhecer, oh! César! Como uma vez me escreveste, repete a tua ordem e eu te mandarei. Se bem que nunca houvesse estudado, esse homem conhece todas as ciências. Anda descalço e de cabeça descoberta. Muitos riem quando ao longo o enxergam.

Desde que, porém, se encontram em face dele, tremem e admiram-no. Dizem os hebreus que nunca viram um homem semelhante, nem doutrinas iguais às suas. Muitos crêem que ele seja Deus, outros afirmam que é teu inimigo, oh! César! Diz-se ainda que ele nunca desgostou ninguém, antes se esforça para fazer toda gente venturosa. Assim é ele.” (JESUS CRISTO NÃO EXISTIU....ELE EXISTE !, 16/12/2003, 23:40 - Marco Antonio Reis Araujo).



1. Primeiramente, sabemos que essa descrição de Jesus é a criada pelos pintores europeus renascentistas. Análises científicas afirmam ser impossível ter existido uma pessoa loura entre os judeus daqueles dias, uma vez que todos eles eram mais parecidos com os árabes, morenos de cabelos bem pretos.



2. Quanto a conhecer "todas as ciências", nem preciso dizer que tudo que foi escrito naqueles dias não refletiu mais do que o pensamento humano da época, muito fora da realidade cientificamente comprovada hoje. Haja vista estar escrito que ele disse que seu retorno à Terra seria precedido pela queda das estrelas. Se ele tiver realmente dito isso, ele pensava que elas fossem pequeninas como parecem aos nossos olhos quando olhamos para o céu.



3. Se já sabemos que eliminar loucura pela expulsão de demônio não passa de crendice, que a loucura decorre de desequilíbrio físico-químico do cérebro, nem precisamos falar de ressurreição de mortos.



Entre os analistas do meio científico atualmente nem se fala nessa carta, por ser ela totalmente descartável, não devendo haver nada de prova de autenticidade dela. Deve ser tão autêntica quanto o baú de ossos de Tiago que apareceu recentemente, causando uma grande euforia no meio religioso, por poder ser a primeira prova concreta da existência de Jesus.



Acredito que ele possa ter existido sim, mas parece mais ter sido inventado, ou, na melhor das hipóteses, ter sido um homem corajoso executado e exaltado postumamente à posição de um deus pelos seus companheiros. Do que não temos dúvida é que não existiu um homem que curasse cegos, surdos e loucos e ressuscitasse mortos. Tudo que temos de concreto sobre Jesus é um monte de informações de quem ouviu falar, quase sempre bastante contraditórias, dando como verdade idéias que sabemos hoje não passar crenças ilógicas. Enquanto não há mais prova da existência de Yavé do que Júpiter, Mercúrio, Baal, Astarte, Marduque, Diana, etc., Jesus pode ter existido, mas sua existência, se real, foi muito diferente do que se conta.



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