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Artigos-->A Filosofia do Fogo -- 31/08/2004 - 14:41 (Valéria Nagy) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Introdução



Na história antiga, muitas civilizações primitivas acreditavam que os grandes incêndios eram sinais da chegada de um grande mestre divino ou do início de uma nova era da evolução humana. Saber ao certo como o fogo foi descoberto pelo homem é quase impossível mas sabemos que ele já existia na natureza, como em relâmpagos ou vulcões, por exemplo. A Smithsonian Institute conta que o homem começou a utilizar o fogo na época Acheuliana, durante o terceiro estágio da era interglacial.



Os Filósofos-do-Fogo



As escolas de mistérios entendiam a importância tanto do fogo material quanto do espiritual. É fato histórico que na antiga Roma haviam jovens, que eram conhecidas como Columbas, que guardavam o fogo sagrado que permanecia aceso dia e noite ao Leste do Templo.

Nessa época, os alquimistas eram chamados também de "Filósofos-do-Fogo". Eles afirmavam que a expressão do Absoluto por trás dos fenômenos físicos (materiais) compartilhavam as características do fogo material. Pensavam que fatos divinos e espirituais estavam diretamente ligados ao fogo. Para eles o fogo sempre refletia a Luz (divina). Portanto, os Filósofos-do-Fogo utilizavam o fogo material em larga escala.



O poder misterioso do fogo material



É fato que o ferro fica vermelho quando lhe é aplicado calor intenso. Os estudiosos da física sabem que este fato se dá pelo aumento das freqüências vibratórias causadas pelas moléculas do ferro em decorrência desta exposição ao calor. E os mesmos físicos e cientistas afiramarão que a luz não é a vibração do ferro metálico.

Numa antiga e rara obra intitulada "Collectanea Chemica", Filósofos-do-Fogo deram uma explicação semelhante a respeito do efeito do fogo sobre as ervas. Existe um equipamento utilizado neste método chamado alambique (condensador). Ele era conectado ao corpo do equipamento e quando a mangueira era direcionada de volta ao mesmo, o procedimento se chamava pelicano . Este nome foi dado devido ao fato de que o pelicano (ave) alimenta seus filhotes regurgitando sua comida. Para os alquimistas, o pelicano é o símbolo da revivificação e o alambique, da regeneração.



O fogo e o espírito



Observem que o fogo produzido pela madeira tem um efeito relaxante no corpo humano, diferentemente do fogo produzido por gás. Isso significa então, que o fogo que vibra da madeira tem efeitos benéficos sobre o corpo físico, por isso nos sentimos bem quando estamos próximos à uma fogueira, numa festa junina por exemplo.

Mas existe também um fogo interior que também tem forte influência física sobre o ser humano. É fácil identificar este fogo interior quando falamos a palavra metabolismo. Esta palavra é conhecida de todos e faz parte de nossas vidas. No "Medical Dictionary do Dr. W.A.N. Dorland", a definição para metabolismo é o calor básico produzido pelo indivíduo médio de 14 à 18 horas após ter se alimentado e enquanto está em repouso . Portanto existe fogo no corpo humano, ele apenas não é material. Os químicos chamam esse fogo interior de oxidação.

Místicos de antigamente já sabiam da existência deste calor e sabiam que ele produzia mudanças fisiológicas definitivas. Diziam que para aumentar esse calor era necessário revivificar os órgãos psíquicos do corpo humano. Escritores de hoje falam dos maravilhosos poderes dos hindus com o uso do fogo da Kundalini. E de fato isso foi levado em consideração. Um místico do passado chamado Gitchel obteve informações diretamente do Egito Antigo. Os místicos da Europa medieval afirmavam que o calor fisiológico era muito eficaz para a regeneração física. Antigas filosofias egípcias utilizavam a palavra palingenesia, que significava renascimento ou regeneração. Pode-se ler mais sobre o assunto na obra "Sermão de Hermes Tremegistos".



Como aumentar o calor fisiológico



O mestre oriental Gamui dizia que devemos cuidar primeiro de nossa alimentação levando em conta nossa saúde e necessidade metabólica do corpo físico. Ele enfatizava a palavra moderação. Em segundo lugar ele colocava os exercícios físicos que atuassem em todas as partes do corpo. Em terceiro lugar, a importância da respiração adequada. Em quarto lugar, a necessidade de se ter sempre pensamentos saudáveis e em quinto lugar, a harmonização e comunicação com o Cósmico, com Deus. Praticar com pureza esses cinco pontos essenciais aumentam gradualmente o calor fisiológico no corpo que irá ter como conseqüência, uma vida muito melhor, fazendo com que a personalidade individual se torne magnética, empática bem como fazendo a mente estar aguçada e brilhante.



O Fogo-Vivo (o fogo da alma)



Fogo-Vivo ou energia interior do ser humano é freqüentemente desperdiçado em distrações que confortam o ser humano. Os estudantes de misticismo são alertados para não darem vazão a raiva intensa (ira) ou ao fogo-vivo descontrolado. Na ira, o calor interior do corpo se torna tão intenso que a Alma (o Eu Verdadeiro) é forçado quase fora de controle. É comum ouvirmos a expressão ele estava tão bravo que estava fora de si . A histeria e outras emoções além da raiva precisam ser controladas. Estas emoções são quase que instintos animais em sua qualidade e, quando se dá liberdade total a elas, tendem a trazer para fora um primitivismo do caráter humano o qual normalmente é chamado egoísmo.

O controle das emoções dá às pessoas, características mais amenas, amorosas, simpáticas, irradiando calor humano.



Vida Ativa



Todos nós durante a vida passamos mais cedo ou mais tarde por uma "prova-de-fogo". Isso geralmente exerce uma pressão terrível em nossas personalidades. Aqueles que tentam encontrar o equilíbrio mental e espiritual, acabam por utilizar as chamas interiores de forma positiva. Por exemplo, os religiosos se inflamam com as preces, os heróis se inflamam com os sacrifícios.

Os místicos se inflamam com a sua persistência nos ensinamentos dos Filósofos-do-Fogo. Talvez aqueles que conseguem passar com êxito pelas "provas-de-fogo" não tenham de lutar tão ardorosamente em vidas futuras. Esta meta corresponde ao estado de ser consumado pelo fogo do Espírito Santo, ao Deus da Chama dos Magos e à condição niilista chamada Nirvana.



Conclusão



O Conde de Saint-Germain certa vez pegou um diamante real que possuía uma falha. Submeteu este diamante a um calor intenso através do processo alquímico e transformou o diamante com falha em um diamante branco-azulado perfeito.

Da mesma forma os místicos quando elevam suas vibrações e utilizam-se de certas práticas podem aperfeiçoar as falhas em suas personalidades, como se pudéssemos enxergar nossas auras mudando de azul-acinzentado descoloriado para um espectro de cores do arco-íris, como em um perfeito diamante Kimberley branco-azulado.





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*baseado em um artigo do ex-instrutor de alquimia da Universidade Rosae-Croix, Orval Graves (EUA), FRC.



SP Outubro de 2001.

Valéria Nagy

www.valerianagy.com

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