Hipócritas,
veneradores de doláres, entregam a própria alma,
entregam sangue alheio, do povo,
nada de novo...
Brandam em nome da democracia,
querem todos quietos, calados, inertes,
a ordem vem de fora, é fatal,
são fiés seguidores, do deus capital...
Ano após anos, a mesma história,
a miséria que reina, aprofunda e mata,
enquanto os mesmos, os poucos, tudo resgata...
Pedem paciência,
a fome que não pode esperar,
a triste vida que não pode ser revivida,
enquanto dividem divisas...
Vez ou outra,
distribuem migalhas e rações,
renovam falsas promessas e novas mentiras,
triste sina, carrasca que se destina...
Abutres e canibais globalizados,
nada, nada pode ser eternizado,
hoje tudo ordenas, tudo manda,
mas o mundo dá voltas, como as
voltas e meia, de uma ciranda...
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