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Artigos-->O DIPLOMA -- 06/09/2004 - 10:41 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando um significativo segmento da sociedade brasileira, no século 19, clamava pela liberdade da mão de obra escrava, dum sistema de produção de bens de consumo, baseado na submissão de povos inteiros, ninguém exigia, dos que pugnavam pelos jornais, a freqüência aos cursos de jornalismo.

E se voltarmos à página da história antecedente à da Libertação, veremos que a luta pela Independência, passou também por órgãos de comunicação social, da época em que era desnecessária a comprovação da conclusão do curso de jornalismo.

Os cargos, as mercês, privilégios ou dignidade do papel de jornalista, nem sempre se obtém por documentos outorgantes.

Uma das batalhas mais ferrenhas nas quais se envolveu José do Patrocínio, consistiu em arrefecer os ânimos dos senhores de engenho, que se viam injustiçados por pagarem altos impostos decorrentes da propriedade de escravos e, na iminência da liberdade, que se avizinhava, verem-se de mãos vazias.

Entende-se muito bem que na luta entre as ideologias dominantes, logo depois do término da II Guerra Mundial, fosse necessário o implante das filosofias políticas em expansão, no cerne da maior quantidade de nações possível.

A implantação das formas de produção e regime político, diversos dos existentes nos territórios colimados, dependia da absorção da ideologia, pela sociedade.

E esse convencimento se dava, sempre pelos meios de comunicação social. Foi pois, por isso que os governos militares, não tardaram em dificultar, com exigências excêntricas, a divulgação das idéias e o acesso à mídia dos agentes difusores das ideologias alienígenas.

Logo, essa legislação existente e obrigatória da freqüentação dos cursos de jornalismo, não deixa de ser um conjunto de regras defensivas.

Ora, se as ameaças contra o capitalismo já não mais sobrevivem, por quê então, manter os tais dispositivos?

Nos países economicamente desenvolvidos são prescindíveis, aos postulantes do status de jornalista, a apresentação dos comprovantes de freqüência dos cursos, iguais aos hoje existentes aqui no Brasil.

Quem foi que disse ser necessário diploma, nos séculos XVII e XVIII, ao jornalismo brasileiro, para lutar contra a opressão e a calúnia?

Significativa parcela da sociedade brasileira, compreende hoje, que certas normas criadas no passado, com objetivos de regular e controlar situações adversas aos interesses dos grupos então dominantes, não têm mais, atualmente, razão de ser.



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