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Artigos-->Pode-se confiar na ciência ? -- 08/09/2004 - 21:07 (Don Cuervo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Até que ponto pode-se confiar na ciência?





A MAIORIA das pessoas realmente admira a ciência, por causa de seus muitos feitos na medicina, na engenharia, nas comunicações e em outros campos. As descobertas científicas influenciam a vida de praticamente todos hoje em dia. Muitos cientistas devotam a vida inteira à causa da ciência, e os empenhos científicos honestos que visam melhorar a qualidade de vida devem ser aplaudidos. O autor Tony Morton chega a dizer que “a ciência é, sem dúvida, um dos esteios da civilização moderna”.



Mas, em tudo na vida é preciso avaliar com equilíbrio o real valor das coisas, e a ciência não é exceção. Para ajudar-nos nesse sentido, consideremos o que disse outro escritor, não tão lisonjeiro a respeito do papel da ciência na nossa vida. Lewis Wolpert, em seu livro The Unnatural Nature of Science (O Caráter Não-Natural da Ciência), escreve: “As pesquisas confirmam que a ciência desperta muito interesse e admiração, junto com a crença irrealística de que ela pode resolver todos os problemas; mas há também os que têm intenso medo e hostilidade . . . Os profissionais da ciência são vistos como tecnocratas frios, anônimos, que não se importam com os outros.”



A ascensão da ciência



Há sempre um elemento de risco nas experiências científicas que envolvem avanços. Mas, quando as novas descobertas revelam que o risco valeu a pena, a confiança pública na ciência aumenta. Até certo ponto, a ciência, regalando-se na glória de sucessos anteriores, ousa cada vez mais, e muitos, na sua reverência e entusiasmo, passaram a encará-la como panacéia para os males da humanidade. Com isso, muitos associam as palavras “ciência” e “científico” a verdades absolutas.



O boletim American Studies observa: “A partir dos anos 20, e cada vez mais nos anos 30, o cientista de avental branco passou a fornecer aos consumidores garantia objetiva de que certo produto era ‘cientificamente’ superior ao de seus concorrentes. Um editorial na revista Nation, de 1928, lamentava que ‘a frase que começa com “a ciência diz” em geral decide qualquer discussão numa reunião social, ou vende qualquer artigo, de pasta de dente a geladeira’.”



Mas, é a ciência um sinônimo obrigatório de verdade absoluta? No curso da História, as descobertas científicas tiveram fortes opositores. Algumas objeções eram infundadas; outras, pareciam ter boa base. As descobertas de Galileu, por exemplo, irritaram a Igreja Católica. E teorias científicas sobre a origem do homem provocaram reações hostis tanto em base científica como bíblica. Portanto, não é de admirar que toda nova descoberta científica atraia defensores e opositores.



Diz um velho provérbio latino: “A ciência [ou, conhecimento] só tem como inimigos os ignorantes.” Mas isso mudou, pois a ciência nunca foi tão criticada como hoje em dia — e não por ignorantes. Pelo visto, embora muitos a considerassem invulnerável no passado, a ciência está sendo atacada agora por alguns de seus ex-defensores. Pode-se dizer que cada vez mais partidários da ciência tornaram-se juiz, júri e algoz da própria ciência. Hoje, os grandes templos do saber científico são muitas vezes palcos de conflitos. Uma das causas dessa turbulência é que fraudes e corrupção praticadas em algumas academias científicas no passado agora vieram à tona.



Assim, nunca antes se perguntou tantas vezes: dá realmente para confiar em tudo o que a ciência diz?
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