Desde os dias do fiel Abel, os servos de Deus aguardavam ansiosamente a Semente predita pelo próprio Jeová Deus. (Gênesis 3:15; 4:1-8; Hebreus 11:4) Havia sido revelado que a Semente serviria ao propósito de Deus como o Messias, que significa “Ungido”. Ele ‘encerraria o pecado’ e as glórias de seu Reino foram preditas nos salmos. (Daniel 9:24-26; Salmo 72:1-20) Quem seria o Messias?
Imagine a emoção de um jovem judeu chamado André, ao ouvir as palavras de Jesus de Nazaré. André correu ao encontro de seu irmão Simão Pedro e disse-lhe: “Achamos o Messias.” (João 1:41) Os discípulos de Jesus estavam convencidos de que ele era o prometido Messias. (Mateus 16:16) E os cristãos verdadeiros têm estado dispostos a arriscar a vida pela crença de que Jesus era de fato o predito Messias, ou Cristo. Que provas eles têm? Consideremos três linhas de evidência.
EVIDÊNCIAS DE QUE JESUS ERA O MESSIAS
A linhagem de Jesus estabelece a primeira base para identificá-lo como o prometido Messias. Jeová havia dito a seu servo Abraão que a prometida Semente viria de sua família. Isaque, filho de Abraão; Jacó, filho de Isaque; e Judá, filho de Jacó; todos eles receberam uma promessa similar. (Gênesis 22:18; 26:2-5; 28:12-15; 49:10) A linha de descendência que levaria ao Messias foi restringida séculos mais tarde quando o Rei Davi foi informado de que a linhagem de sua família produziria o Messias. (Salmo 132:11; Isaías 11:1, 10) Os Evangelhos de Mateus e de Lucas confirmam que Jesus veio através da linhagem dessa família. (Mateus 1:1-16; Lucas 3:23-38) Embora Jesus tivesse muitos inimigos declarados, nenhum deles desafiou a sua bem divulgada linha de descendência. (Mateus 21:9, 15) Obviamente, pois, a sua linhagem é inquestionável. Contudo, os registros de família dos judeus foram destruídos quando os romanos saquearam Jerusalém, em 70 EC. Em tempos posteriores, ninguém jamais poderia provar uma alegação de que era o prometido Messias.
Profecias cumpridas é a segunda linha de evidência. Grande número de profecias das Escrituras Hebraicas descrevem vários aspectos da vida do Messias. No oitavo século AEC, o profeta Miquéias predisse que esse grande governante nasceria na insignificante cidadezinha de Belém. Havia duas cidades com esse nome em Israel, mas essa profecia especificou qual seria: Belém Efrata, onde havia nascido o Rei Davi. (Miquéias 5:2) Os pais de Jesus, José e Maria, moravam em Nazaré, uns 150 quilômetros ao norte de Belém. Na mesma época da gravidez de Maria, contudo, o governante romano César Augusto ordenou que todas as pessoas se registrassem, cada uma na sua respectiva cidade natal. De modo que José teve de levar sua esposa grávida para Belém, onde Jesus nasceu. — Lucas 2:1-7.
No sexto século AEC, o profeta Daniel predisse que “o Messias, o Líder”, apareceria 69 “semanas” depois que saísse a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém. (Daniel 9:24, 25) Cada uma dessas “semanas” tinha a duração de sete anos. Segundo a Bíblia e a história secular, a ordem para reconstruir Jerusalém foi emitida em 455 AEC. (Neemias 2:1-8) De modo que o Messias apareceria 483 (69 x 7) anos depois de 455 AEC. Isto nos leva a 29 EC, exatamente o ano em que Jeová ungiu Jesus com espírito santo. Jesus tornou-se assim “o Cristo” (que significa “Ungido”), ou Messias. — Lucas 3:15, 16, 21, 22.
Naturalmente, nem todos aceitaram a Jesus como o prometido Messias, e as Escrituras haviam predito isso. Conforme registrado no Salmo 2:2, o Rei Davi foi inspirado por Deus a predizer: “Os reis da terra tomam sua posição, e os próprios dignitários se aglomeraram à uma contra Jeová e contra o seu ungido.” Esta profecia indicava que líderes de mais de um país se uniriam para atacar o Ungido, ou Messias, de Jeová. E assim foi. Os líderes religiosos judeus, o Rei Herodes e o governador romano Pôncio Pilatos tiveram participação na condenação à morte de Jesus. Os anteriores inimigos Herodes e Pilatos se tornaram grandes amigos a partir de então. (Mateus 27:1, 2; Lucas 23:10-12; Atos 4:25-28) Para mais provas de que Jesus era o Messias, queira ver o quadro acompanhante “Algumas notáveis profecias messiânicas”.
O testemunho de Jeová Deus é a terceira linha de evidência que confirma o messiado de Jesus. Jeová enviou anjos para informar certas pessoas que Jesus era o prometido Messias. (Lucas 2:10-14) De fato, durante a vida terrestre de Jesus, o próprio Jeová falou desde o céu, expressando que aprovava Jesus. (Mateus 3:16, 17; 17:1-5) Jeová Deus concedeu a Jesus o poder para realizar milagres. Cada um destes era prova divina adicional de que Jesus era o Messias, pois Deus jamais daria a um impostor poder para realizar milagres. Jeová também usou seu espírito santo para inspirar a escrita dos Evangelhos, de modo que a evidência do messiado de Jesus tornou-se parte da Bíblia, o mais amplamente traduzido e distribuído livro da História. — João 4:25, 26.
Ao todo, esses conjuntos de evidência incluem centenas de fatos que identificam Jesus como o prometido Messias. Obviamente, pois, os cristãos verdadeiros corretamente o têm encarado como ‘aquele de quem todos os profetas deram testemunho’ e a chave para se conhecer a Deus. (Atos 10:43) Mas há mais a aprender sobre Jesus Cristo do que apenas o fato de que ele era o Messias. De onde se originou? Quais eram suas características?
ALGUMAS NOTÁVEIS PROFECIAS MESSIÂNICAS
SUA INFÂNCIA
Isaías 7:14
Nascido de uma virgem
Mateus 1:18-23
Jeremias 31:15
Matança de bebês após o nascimento dele
Mateus 2:16-18
SEU MINISTÉRIO
Isaías 61:1, 2
Incumbido por Deus
Lucas 4:18-21
Isaías 9:1, 2
Ministério fez o povo
Mateus 4:13-16
Salmo 69:9
Zeloso pela casa de Jeová
João 2:13-17
Isaías 53:1
Não puseram fé nele
João 12:37, 38
Zacarias 9:9;
Entrada em Jerusalém
Mateus 21:1-9
Salmo 118:26
montado num jumentinho; aclamado rei e como aquele que veio em nome de Jeová