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Poesias-->PARA MANOEL DE BARROS -- 01/03/2002 - 16:16 (Fabio Rocha) |
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Seu Nhonhô
morava no silêncio
e tinha cabelos de nuvens.
Era irmanado das águas paradas
e de quando em vez libélulas
punham ovos em sua cabeça.
Sua voz tinha falha de crostas
e vulcões invisíveis expeliam o nada por suas ventas.
Da última vez que o vi
estava árvore.
Quando foi cortado,
se cercou de cinza
e desandou a falar
sem dizer.
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