De Juraci de Oliveira Chaves
Viajante na estrada da vida
No meu alforje a saudade
Chapéu na cabeça enterrado na testa
Na mente, a imagem dela gravada.
Galopo pelas madrugadas
Sol a pino também.
Sou viajante a fugir do amor
Não vale a pena prender-me à alguém.
Sou da estrada, da mata virgem
Da canção do solitário
Barulho, só o do tropel do meu cavalo
E do canto da livre passarada.
Viajo, viajo noites a fio
Quero fugir dos prazeres que senti
Até aquele dia em que descobri
Gostava de outro, não de mim.
Agora, só cavalgar sem olhar para trás
Sem consternação, sobre a montaria
Livre a brisa respirar
Seja noite escura ou claro o dia.
Pirapora, 03 de março 2002
Juraci de Oliveira Chaves
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