15 de Janeiro de 1975 chuvia miudinho no Algarve. Quiçá as lágrimas do Infante estivessem de regresso ao solo onde sonhou e logrou Portugal além do mares. No lauto acoite do Hotel Penina, no Alvor (que ironia!), os mandatados de ninguém, Melo Antunes, Rosa Coutinho, Costa Gomes, Mário Soares e Almeida Santos, prosseguiam na alta-traição aos mais lídimos valores da sua pátria, indiferentes aos seculares e denodados esforços dos seus antepassados. Para boa memória, ei-los em «garbosa-e-gloriosa» pose lado a lado e oferecendo o centro a indesmentíveis e execráveis assassinos, os quais, para mais e melhor sedimentarem o poder que lhes foi imbecilmente outorgado, mais carnificina ainda operaram sobre os seus povos, tornando-se em ridículos déspotas aquém e além de todos os nomes, acolitando subservientemente as esconsas e criminosas ambições dos títeres da guerra e da fome no mundo. Decorridos 32 anos, o legado desta nefanda cambada está em lastimante visão nas antigas províncias do ultramar lusófono. |