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Cronicas-->Linda -- 07/04/2000 - 15:25 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LINDA

Ela chegou numa noite em meados de dezembro.
Veio com o meu filho e foi logo se abancando, tomando conta da casa; sem a menor cerimónia.Tinha chovido forte durante todo o dia e ela estava até um pouco molhada; mas com os cuidados do rapaz logo ficou confortavelmente aquecida. Fitei-a ressabiado sem fazer nenhum comentário. Nem a favor nem contra a atitude do filho por trazê-la assim, de repente, sem ao menos avisar a mãe.Uma coisa não pude deixar de fazer: observar sua beleza. Realmente tinha um porte que chamava a atenção; seus olhos eram lindos! De uma cor que eu jamais tinha visto antes, nem mesmo na Elisabeth Taylor! Eram fascinantes!
Meu filho disse o seu nome, mas não guardei logo por ser bastante diferente dos usuais.
Naquela primeira noite dormiu no quarto de hóspedes, depois de percorrer toda a casa desembaraçadamente, comer alguma coisa que meu filho ofereceu e ficar um certo tempo na poltrona da sala, olhando tudo com ar de quem tinha vindo para ficar.
Minha esposa também nada comentou, mas notei que ficou um pouco apreensiva. Enfim! Os filhos...
Os dias foram passando e ela aos poucos entrando em nosso cotidiano.
Confesso que não demorei muito a afeiçoar-me por ela! E sentia que ela também por mim. Se me via sentado na sala de televisão ou na biblioteca aproximava e postava-se ao meu lado. Olhava-me fixo com aqueles seus olhos lindos e que pareciam estar sempre a pedir carinho! Reticente a princípio, passei aos poucos a corresponder sua meiguice. Um primeiro afago, uma brincadeira qualquer correspondida e eu já estava a sorrir.
Menos de um mes depois, já alojava em meu colo. Sem a menor cerimonia!
A princípio não queria deixar; mas logo até a procurava quando não vinha.
Se eu fosse viajar, armava antes um esquema para que tudo corresse bem em minha ausência.
Estava tudo indo bem, até que uma noite ela saiu e não voltou, deixando-me receoso que houvesse partido. Mas voltou. Voltou dois dias depois e então compreendi que ela tinha de ter esta liberdade de sair quando bem quisesse. Dar suas voltinhas!
Parecia que tudo tinha voltado ao normal, quando a minha mulher comentou:
- Acho que ela está grávida." Isto mesmo, ela disse: "grávida".
- Será?" Indagamos ao mesmo tempo, eu e meu filho.
- E agora, que vamos fazer?"
- Calma!" ponderou meu filho."Vamos deixar o tempo passar e confirmar a gravidez, depois discutimos o que fazer."
Assim foi feito, mas não precisou muito tempo para percebermos. Estava.
A decisão foi unànime: cercá-la de todo carinho, dar-lhe toda assistência e boa alimentação até o parto. A gestação correu bem e agora nasceram. Só que foram quatro! O nosso problema agora é como criar em casa tantos gatos! Os filhotes da "Linda", uma gatinha que meu filho ganhou de presente de uma amiga.
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