MINHA BONECA
Minha boneca,
sois a serenidade
neste mar de verdades,
donde os sentimentos
pousam poemas,
de intentos
e amor,
por quais enlouqueço,
ante este topor
cantado
odes aos oceanos
para que tuas ondas
acalmem
e eu possa
nevegar,
a buscar-te
ante os meus lamentos,
pois és a minha boneca,
qual acochega
minhas súplicas
românticas,
mundanas
de prazer
e avidez.
Minha boneca,
talvez,
meus desejos
encarnem em ti
insanidade,
mas meus cantos,
sonorizam os teus encantos,
neste vergel
ante o qual consumo
doses implicitas do teu mel,
ao luar,
diante do papel
o qual toco
clamando a tua presença
nesta crença
louca,
prazerosa,
pelas dádivas
das
mâos,
que ávidas
sublimam-te em sonhos.
(06/03/02 - 10h16min)
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