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Poesias-->As Fiandeiras -- 07/05/2000 - 21:55 (NATALINO DE CARVALHO) |
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As Fiandeiras
As aranhas têm as glândulas
Que segregam a própria seda.
De que fazem as teias
Para colher alimentos
Que deleitam as Tarântulas.
As aranhas tecem as teias
Próximas dos telhados
Pois nunca estão molhados
Nem cheios de areias.
Há os fios que prendem
E são armadilhas
Para os incautos insetos
E os fios nunca são retos
Próximos da luz do teto
Há os fios que servem de passagens
Fixados nos emaranhados
Daquelas paragens
Só as aranhas sabem
Que ficam na posição das arestas
Enigmáticos como numa floresta
À espera dos incautos insetos
Ela fica à espreita
À espera do primeiro zumbido
Que quando se prende
Provoca tamanho alarido
Quando o esperado acontece
Vem correndo e logo vai enrolando
A vítima num fio bem comprido
Aí o zumbido desaparece
Depois de enfiar o seu ferrão
É como se fosse a sua extrema unção
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