Em súmula de ápice, toda essa legião de nominativos que se destinam a designar a "diferença-na-mesma-coisa", no que concerne aos indivíduos que exercem a "vidência" sobre passado, presente e futuro, tem um só e simples substantivo assaz entendível: bruxa ou bruxo.
Ora, como o "bem-e-mal" de todas as coisas assenta numa base comum, o dinheiro, não se deve ser parvo, imbecil e todas essas quejandas figuras ridículas que se protagoniza logo que se dá crédito às predadoras habilidades dos parasitas humanos que militam na caspa mental dos incautos.
Use-se pois a capacidade pessoal e tornêmo-nos bruxas ou bruxos de nós mesmo. Ah... E não esqueçamos nunca um pormenor fundamental: cada um cobre a si próprio o curativo efeito que porventura obtenha.
Curiosamente, eu, em contradição com o providencial conselho expresso, adoro ir à bruxa após me certificar dos "predicados" da vidente. Numa dada vez a consulta resultou em pleno sucesso. Todavia, ao cabo de alguns meses de agradável consulência, se não me punha a léguas, a bruxa estava decidida a mudar de profissão...
António Torre da Guia |