Ao fim do equinócio proibido,
escrevo novamente, só que agora
não falo sobre raios nem trovões.;
Não há tempestade aqui dentro,
nem há mais relâmpagos lá fora.;
As feridas em meu peito tolo,
São vestígios da guerra em vão.;
Mas não carrego mais pérolas nos bolsos,
e nem levo mais rosas na mão,
só restam as cinzas da corda
que laçava o coração.;
E quanto a flor campestre e selvagem,
que de todas do campo, a mais bela.;
quero de volta as sete pétalas,
e os espinhos dou de volta prá Ela.;
Tantos versos e rabiscos no chão,
que fazia com carvão ou com giz.;
São antônimos a teus lábios de fogo
ou a teus olhos de meretriz.;
Hoje ando e não olho para o chão,
.......piso em cima de um rabisco que fiz.;
Não há mais um mar em meu rosto.;
Não há mais serenata prá lua.;
Não há mais madrugada cinzenta.;
Não preciso mais dormir na rua.;
E das flores que ontem colhi,
.......esqueça! Nenhuma é tua!
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