"1945: Criação da Organização das Nações Unidas (ONU), com o fim da Segunda Guerra Mundial.
1947: ONU divide a Palestina entre árabes e judeus. Os primeiros rejeitam a divisão.
1948/1949: Fundação de Israel, com a retirada das forças britânicas. Após a declaração de independência, países árabes invadem Israel em maio. A guerra dura até julho de 1949, com 6 mil judeus mortos e mais de 650 mil palestinos em fuga.
1956: Crise de Suez. Israel, França e Grã-Bretanha invadem o Egito.
1964: Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat.
1967: Guerra dos Seis Dias. Israel enfrenta forças árabes no Sinai, na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, nas Colinas de Golã e em Jerusalém Oriental, recuperando o Muro das Lamentações.As conquistas no conflito multiplicam por três o tamanho original de Israel.
1973: Guerra do Yom Kippur. Ajudadas pela Síria, forças do Egito atacam Israel. O Estado judeu é apanhado de surpresa, mas se recupera e triunfa no conflito.
1977: Em novembro, o então presidente do Egito, Anwar Sadat, visita Jerusalém, abrindo caminho para o Acordo de Camp David.
1978: Acordo de paz de Camp David é assinado entre Israel e Egito.
1982: Israel invade o Sul do Líbano. Em setembro, ocorre o massacre no campo de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, em Beirute. Milícias cristãs libanesas, com a anuência das forças de Israel, chacinam 1.800 muçulmanos. À época, Ariel Sharon era ministro da Defesa israelense.
1987 a 1993: Período da Intifada, revolta palestina contra a ocupação de seus territórios pelo Exército israelense.
1993: Encontro histórico entre o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, e o premier israelense à época, Yitzhak Rabin. O encontro põe fim à Intifada e confere aos dois, juntamente com o então chanceler israelense, Shimon Peres, o prêmio Nobel da Paz. São assinados os Acordos de Oslo, que estabelecem um cronograma para a retirada israelense de Cisjordânia e Faixa de Gaza.
1995: Rabin é assassinado por um judeu fanático e contrário aos Acordos de Oslo.
2000: É iniciada a nova Intifada, a segunda fase do levante palestino contra a ocupação de seus territórios por forças de Israel. A revolta, que já provocou a morte de 3.503 palestinos e 956 israelenses, continua até os dias atuais.
2001: Em dezembro, Yasser Arafat é confinado por Israel na sede da Autoridade Nacional Palestina, em Ramallah, na Cisjordânia. O confinamento segue até hoje.
2003: Em abril, o mapa da paz, plano de pacificação do Oriente Médio, foi apresentado a autoridades palestinas em israelenses pelo quarteto internacional composto por EUA, União Européia, Rússia e ONU. Aceito pelas duas partes, o mapa da paz marcou pela primeira vez na História a aceitação por parte do Estado judeu o princípio de existência de um Estado palestino, cuja criação, segundo o plano, estava prevista para 2005.
2003/2004: Com o fracasso do mapa da paz, o governo de Ariel Sharon, decide adotar uma solução unilateral para o conflito. A partir de 2003, cercas isolam a Cisjordânia e estabelece-se um plano para a retirada de tropas e colonos judaicos da Faixa de Gaza e de regiões cisjordanas, aprovado finalmente no Parlamento israelense em outubro de 2004". (Globo Online, 26/10/2004 - 18h50m).
Segundo a Bíblia, os judeus deveriam ser donos de toda a região. Assim, mesmo quando alguma autoridade israelense procura um meio de estabelecer a paz, os fanáticos judeus querem cumprir de qualquer forma a palavra de Yavé, que já fracassou há muitos séculos:
Deus prometeu a Abrão (Abraão) que seus descendentes, os judeus, receberiam toda a terra desde o Rio do Egito (o Nilo) até o Rio Eufrates (Gênesis 15:18).
O território israelita se extenderá até o rio Eufrates (Josué 1:3-4). Mas o território israelita nunca se extendeu até o Eufrates e é muito duvidoso que (dado as condições político-diplomáticas da atualidade) ele se extenda até mesmo para o Nilo.
E assim, por um problema divino, a paz é algo difícil no Oriente Médio.
Parece que a paz só virá no dia em que os dois povos compreenderem que seus deuses nada podem fazer se eles nada fizerem.
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