"Antes de fazer a caridade, o coração se alegra; durante o ato de fazer o bem, ele se purifica; e depois da missão cumprida, ele se sente satisfeito. " (Buda).
Veja que maravilha que é o ser humano interessando-se pelo outro ser humano, se motivando em ajudar a quem mais precisa. Antes mesmo de realizar o ato, nos preparativos de uma sopa que será distribuída aos carentes, ao pensar em fazer uma visita ao asilo, ao hospital, a um amigo distante, quem sabe enfermo, já nesse instante somos invadidos por uma energia diferente, inexplicável pelo conhecimento humano.
Ao realizar o ato, ao praticar a caridade, somos invadidos por uma força e o fazemos sem perceber, o intuito, a vontade mesmo é de ajudar, de fazer a diferença, e assim, não medimos esforços, muitos se agigantam, como a pequenina Irmã Dulce enfrentando os poderosos na Bahia, Madre Teresa de Calcutá enfrentando a miséria e a fome de uma nação, Ghandi parando um trem com sua magreza absoluta, e milhares de heróis anônimos que não tem seus nomes no livro de história, mas estão gravados com letras douradas no livro do Criador.
Depois de praticar a caridade, sentimos uma vontade enorme de fazer mais, de continuar ajudando, de buscar soluções, parcerias, criar condições para um mundo melhor, mesmo que seja em apenas um quarto de hospital, em um casebre humilde, na nossa vila, ou no mundo todo. A caridade é contagiante.
Por isso, trago a certeza de que eu, seja em que condições estiver, poderei de alguma maneira estender a mão, dirigir uma palavra amiga, dar um pão para quem tem fome, quem sabe um prato de sopa, uma roupa que nem me serve mais, uma doação que nem falta me faz, um gesto carinhoso, um toque de ternura, ou quem sabe, apenas emprestar um lenço para enxugar as lágrimas de quem sofre, e assim, a semente do amor se espalha, começando pelo meu próprio coração.
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