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Artigos-->Loucos, todos somos? Mas que mal há nisso? (Placido e Lúcio) -- 01/10/2001 - 18:18 (Ayra on) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Só posso dizer que foi muito bem elaborado o texto sobre nossa mãe de meretrício chamada Usina de Letras. Quanto aos parafusos no lugar, contexto, pretexto e intenção, isso deve ficar na mão do escritor. Ao leitor cabe analisar e ponderar. Mas será mesmo que existem bons escritores no usina? A resposta para mim é clara como o fundo do bloco de notas do windows. Sim, existem e somos nós os bons escritores. Mesmo os nós os menos lidos ou os de leituras que superam até a marca da credibilidade.

Se considerarmos o fato de que no usina, como em um grande biblioteca, existem textos para todos os tipos de gostos. Já dizia um princípio da tão desconhecida biblioteconomia dita por um Hanganatan "existe um livro para cada leitor e um leitor para cada livro". Transformando isso em termo de informação e internet é fato o aparecimento de "existe um leitor para cada texto publicado no usina de letra e um usineiro (autor/leitor, sem a citação pois já não lembro quem criou tal neologismo) para cada texto publicado aqui. Parafusos a parte, loucura é enquanto se tem um paradigma de normalidade. Salvador Dali, um louco fantástico até se descobrir que tais loucuras eram tão somente formas de venda e que alguns de seus quadros foram encomendados. Loucura encomendada? E sobre o fato de se escrever poemas no sorteio de palavras? Quem nunca ouviu falar dos Dadaístas? Era uma forma de protestar, meio louca, meio genial. Ziraldo, o querido "menino maluquinho", tantas crítica fez as estruturas de uma forma, na época (ruim... muito ruim). Bendito louco e seus cartons ácidos. E falando em desenhos, existe também parafusos soltos em Cramb e na Mad (o próprio nome já fala por si).

O indivíduo marginal geralmente se posta em uma realidade que muitas vezes é deixada de lado em detrimento aos ternos e gravatas da normalidade. Ser louco não seria, tão somente, não ser normal? Na normalidade não se cria os Sertões, não se transforma em vários Pessoas e nem se pode dizer ao rei "Ser ou não ser". Tomando "Shake spear", outro louco. Seria ele Francis Bacon? Ou eu endoideci novamente? Antes de nós (os medíocres? ao menos meso é meio, pobres dos que abaixo de nós se encontram... menos normais seriam) Eurípedes escrevia tragédias ácidas politicamente e simplesmente era considerado um louco, hoje genial. Copérnico demente. Nostradamos tão lido hoje, louco magnífico. Bispo do Rosário, como eu te admiro. Poderia ser considerado normal alguém como Augusto dos Anjos? E Clarice (como eu a admiro), se ela escrevesse no usina seria chamada de débil mental por tentar provar as lágrimas da barata. Macabéia é o retrato da normalidade no Brasil, existe algo de normal.

Voltando ao Francis "shake the spear" Bacon, Hamlet era normal (?) fez-se de louco para, assim, vingar a morte do pai. Tal ato, em uma tragédia moderna, deve pagar com a morte do heroi trágico. O que acontece no usina de letras é que alguns ultrapassam a "ubris" (ibris) e, assim, heróis trágicos devem pagar. Pagam com a crítica, real assassina da literatura destes. Mas a modernidade veste-se de verde fluorescente nas "reivis" (chega de ingleisismo ou simplesmente me entrego a ignorância de tal) e o herói passa a ser imortal e incômodo, pois sua loucura não acaba. Hoje, mata-se o pai, fode a mãe (Édipo moderno) e morre criticado com as pedras da normalidade que finge inexistir tal monstruosidade. Um exemplo: Outro dia, já cheio de criticar (eu as vezes tão normal) as façanhas vaidosísticas de Denilson Borges, vi um de seus textos num programa de televisão. Choquei-me, como se estivesse lendo seus textos. Um homem, bem sucedido empresário de São Paulo, recém chegado do Goiás, gravava fitas pornô com imagens do enteado com a própria mãe e a monstruosidade não acaba aqui. Ele gravava cenas das crianças da vizinhança (algumas com menos de 6 anos de idade) fazendo sexo. Tais loucuras, no mundo da normalidade são monstruosidades? Claro. E no mundo da loucura? Também. A diferença é que um insiste em mostrar que tais coisas existem e que devem ser postas para discutir e a outra finge nada ver ou finge esconder...

Loucura na literatura é um ato revolucionário, mesmo alguns atos serem ultrapassados e, bem da verdade, desnecessários. O importante é que, quem sabe um dia, outros se surpreenderão com a atualidade de alguns "débeis" e dirão:

“O cara falou uma verdade”.

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