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Contos-->Sonho de Pedra - Parte 5 -- 30/01/2002 - 18:36 (ANGEL DRAVEN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

SONHO DE PEDRA - Parte V

A Grécia Antiga

A impossibilidade de ler as placas sugere que desta vez não vai ser nada fácil. A chegada no aeroporto de Atenas foi mais tranquila do que esperava. Estava muito ansioso, e toda a demora da troca de aeronaves em Barcelona me deixou ainda mais agitado.
O motorista da agência me aguardava com uma placa onde pelo menos podia entender meu primeiro nome escrito. A cidade nova, o trânsito, as cores, tudo praticamente lembram o centro de São Paulo. Até as placas ilegíveis e as paredes pixadas.
Os gregos têm expessões bastante características. Os homens parecem que estão sempre discutindo entre si, e pelo que me informei, normalmente estão mesmo.
As gregas, são lindas, mitologicamente lindas.
O centro antigo de Atenas, chamado Plaka, é bastante pitoresco, com suas lojas e restaurantes entre as váraos ruínas seculares... Toquei todas que pude e até as que não se podia tocar.
Atenas é totalmente turísitica, com lojas e comércio por todo lado, onde se ouvem todas as línguas, ao longo das ruelas apertadas.
Os restaurantes típicos servem o suvlaki, um espeto de carne; o mussaka, que é um prato de berinjela com carne e queijo; e o famoso pitagyra, similar aos churrasquinhos giratórios de carne cortada, servidos no centro de São Paulo.
A cerveja Mythos não é das melhores, nem faz jus ao nome... bebi várias.
O porto de embarque dos cruzeiross é impressionante. O navio Triton é enorme. A vida a bordo é cambaleante. Visitei várias das famosas ilhas gregas e tocava, freneticamente todas as pedras que encontrava.
A famosa ilha de Mykonos se reconhece ao longe, pois as várias casinhas brancas constratam com as rochas escuras e o mar azul.
Chegamos no fim da tarde e desembarcamos em lanchas, sendo depois levados de ônibus até o “centro” de Mykonos.
Resolvemos caminhar até o alto da colina.
Os antigos moinhos, sem pás-de-vento, não eram suficiente abrigo do gélido e cortante vento de primavera.
As várias ruelas estreitas e sinuosas, permeadas de casinhas e lojas, todas brancas, formam um verdadeiro labirinto.
É comum o aluguel de bicicletas, e o uso de lambretas e motos.
Pela manhã, acordei antes do fone da cabine tocar. Dormi muito bem. Acho que o balanço do navio embalou meus pesadelos, dúvidas e sonhos. Terminei de acordar sob a ducha quente do Triton e tivemos um farto breakfast.
Partimos para Éfeso com um guia turco que falava espanhol. Passamos antes por Kusadasi, que significa “ilha dos pássaros”. Nenhuma das pedras que tocava ´respondia´ ao meu apelo.
O mar que antes chegava até os portões de Éfeso durante os séculos I e II, atualmente afastou-se por mais de sete kilometros.
O micro-ônibus do guia nos deixou na entrada da antiga cidade e dirigiu-se para a saída, para nos aguardar.
O auge de Éfeso foi a época de Trajano e outros. Tocava todas as ruínas e sobras das antigas estátuas e paredes.
Éfeso foi nosso primeiro contato com os mercadores Turcos, que procuram falar qualquer língua e te vender qualquer coisa.
Pedi algo que normalmente não encontrava em outros lugares: e um menino saiu correndo e me trouxe! Um livro em português, em plena Turquia!
Éfeso foi bastante arruinada pelos séculos e pelos saqueadores.
As três cidades ficavam na parte ocidental da Asia Menor, chamada Anatolia, na Turquia.
A cidade pode ter sido fundada por guerreiras amazonas em 2000 aC, mas nunca se saberá ao certo.
Seu clima suave e úmido; sua posição geográfica privilegiada, entre o ocidente e o oriente; e o fato de possuir uma baia natural formada pelo rio Kusur (antigo Caistro) que desemboca no Egeu, situava Éfeso entre Mileto e a Jônia.
Éfeso foi fundada com um templo à deusa mãe Cibele.
Os jônios a conquistaram no século XI aC e ergueram um templo à deusa Artemisa.
Artemisa era muito cultuada como a deusa da caça.
Durante as guerras do Peloponeso, Éfeso se submeteu a Atenas e depois a Esparta.
Ainda na antiguidade a saída direta da cidade para o mar foi se fechando devido a areia trazida pelo rio Caistro. A região se converteu em terras pantanosas e os habitantes enfrentaram o perigo da malária.
Lisímaco construiu assim a segunda cidade e a chamou Arsínoe. Após sua morte, Éfeso foi dominada pelo Egitoe depois pela Síria, terminando em poder dos Romanos de 190 aC até 3 dC, quando foi destruída.
Próximo a Éfeso fica a casa que dizem viveu a mãe de Jesus de Nazaré em seus últimos dias. O apóstolo Paulo foi expulso de Éfeso por pregar que os ídolos não deviam ser venerados.
Próximo também fica a tumba do profeta cristão João, que se exilou em Patmos onde escreveu o Apokcalopsis e morreu.
Em recentes escavações se descobriu um sistema de elevadores nas casas dos pares romanos. E um antigo sistema de calefação conduzido por manilhas de barro cozido. Inúmeras se encontram intactas. Os sistemas de água, esgoto e calefação eram distintos e separados, estando espalhados e presentes por toda Éfeso.
Dizem também que havia um tunel “secreto” que ligava a “biblosteka” e o bordel. Nele, os visitantes eram obrigados a lavar as mãos e os pés. Um dos primeiros exemplos de propaganda é o desenho indicando o bordel.
Existem muitas plantas de erva-doce espalhadas pela região. Eram usadas como tochas, pois queimavam lentamente e com aroma.
Toquei tudo, literalmente tudo de Éfeso, sem nada sentir.
Retornamos ao barco e de lá, seguimos para Patmos à tarde.
Desembarcamos meio desolados, após todos os demais terem desembarcado, pois não faziamos parte das excursões turísticas e tínhamos que aguardar no navio, até que o último turista saisse.
Logo na saída do porto, havia um ônibus de linha parado com a escrição provavelmente indicando seu destino. Lia-se em grego: “МΩΝΑΣΤΕΡΥ”. Mais que depressa subimos ao módigo preço de 220 DR!
O “Monastério”, de estilo bizantino, era quase todo original. Muito escurecido pelo uso constante de velas e muita mirra . Uma antiga pintura de um rosto bizantino de Cristo na cúpula central estava bastante conservada e já restaurada. Não tinham bancos ou cadeiras próximas ao altar, como todas as igrejas cristãs ortodoxas.
Nada senti em toda a Grécia.
Mas quando toquei a pedra batismal do Monastério de Patmos...
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