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| Poesias-->Multidão com Solidão -- 10/03/2002 - 22:16 (Viviane Duarte ) |
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Estou aqui, rodeada de pessoas.
Estou aqui, mas estou sozinha.
Penso em alguém,
Alguém que me fez feliz.
Fez-me feliz por alguns instantes,
Instantes que parecia ser eterno.
Eterno como o sol no infinito
Eterno como a lua na noite enluarada.
Instante de sete dias
Instante de sete noites.
Ele deu-me a magia,
Transformou minha vida em alegria.
Pena que o instante acabou.
Ou será que nem começou?
Será que foi um sonho?
Será que foi ilusão?
Se foi sonho ou ilusão eu não sei.
Foi realidade ou amor que eu pensei.
Pensei ter encontrado um anjo,
Mas bem que dizem:
“Anjo não cai do céu”
Mas por que apareceu?
Por que do mesmo jeito desapareceu?
Estou agora sem meu eu.
Achava-o tão igual ao meu querer,
Pois queria ser como ele...
Aventureiro, mas não passageiro.
Agora eu o entendi
Ele me dizia assim:
“Sou um andante, um aventureiro, um dom Quixote...”
E eu não entendi o trote.
Por que fez isso comigo?
Fui eu tão ingênua?
Fui eu tão idiota?
Foi eu a amiga?
Por que fez isso?
Por que me magoou tanto?
Dizia ele ser poeta...
Eu caí como pateta.
Será que algum dia ele existiu?
Será que ele do meu ser partiu?
Sei apenas que senti amor.
Amor por um anjo,
Amor por um poeta,
Amor por um cantor.
Será que ele foi anjo?
Será que ele foi poeta?
Será que ele foi cantor?
Ou era mesmo trovador?
Estou neste momento sentindo raiva.
Estou neste momento angustiada.
Raiva de ter o conhecido.
Angustiada por ter ele desaparecido.
Por que sumiu assim?
Deixando lágrimas dentro de mim.
Por que desapareceu?
Levando contigo o meu eu.
Por que meu anjo foi assim?
Deixando em meu coração
Lágrimas, desilusão...
Amor e paixão que não tem fim!
Por que foi tudo tão triste assim.
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