A agonia do poeta
É o alimento de sua vida.
E esse tormento
Esse papel branco
São as confissões íntimas
Da alma sofrível.
O prazer do descompromisso
Ócio dos objetivos
Desejo das liberdades
Que não fazem parte
Do formato de vida
Digerido pelas formalidades.
Sim poeta
Você ama como poucos
E não se dobra,
Não se ilude.
Seus sonhos não se modernizam
E nunca, nunca
Vão lhe conquistar para o clube
Dos conformados.
Porque você é verdadeiro,
Anseia,
Impotente,
Mas não se cansa,
Não se arrepende.
Você ama, poeta.
Poeta,
Ainda és a mesma criança.
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