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Poesias-->MATERNURA -- 10/05/2000 - 13:42 (Carlos Alberto Bastos Barbosa) |
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MATERNURA
vem das longínquas noites febris
o hálito doce
o olhar cálido
a mão suave
ternamente pousada em nossa testa
a medir tremores infantis
o rosto vincado pelas dores pressentidas
o coração em descompassadas batidas
o corpo curvado debruçado no leito
o amor remédio a jorrar do seu peito
vem do berço
do seu toque protetor no silêncio noturno
dos esfregões e cuidados
a energia umbilical
que nos faz eternas crianças
a buscar amparo e cura
no colo sempre morno da infância
nas mais doces lembranças
que a vida nos pode legar:
a ternura materna a nos enlaçar.
(inédito) |
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