A quem pertence essas paredes
esse quarto, esse convívio?
A quem pertence suas palavras boas,
sua sintonia, seus martírios?
A quem pertence suas melhores intenções,
atenções e seu amor tão bem guardado?
A quem pertence seus ouvidos
seus enfeites, seus olhares contemplativos,
e apaixonados?
Seus suspiros, seus doces, seus lamentos?
Encosto o ouvido na parede
Um respirar pausado e desesperançado
Rola pelo chão
com lágrimas que finalmente,
liberei...
Sua voz do outro lado
dispara meu coração
Seu abraço apertado
me faz entrar em comunhão
com o melhor da vida
que se agrega em mim
Formando caminhos mágicos
que me levam a um imenso jardim
Onde só o que eu posso
é receber sua visita
Como um conta-gotas
de um remédio bom. |