Qual o futuro da humanidade se a cada dia surgem novas formas de terrorismo? Como sermos otimistas com um mundo de paz se as atitudes dos homens ruma à barbárie?
O ser humano esta sendo alijado do simples direito de viver.
Recentemente, o candidato da oposição à presidência da Ucrânia, Viktor Yushchenko sofreu um atentado terrorista. Em pouco mais de três meses começaram a aparecer deformações em seu rosto. Os médicos de Viena constataram uma elevada concentração de dioxina em seu sangue e tecidos. E detectaram como causa o envenenamento.
As acnes em seu rosto começaram a aparecer poucos dias após ter tomado uma sopa quando fazia campanha eleitoral. Sua esposa havia detectado gosto de veneno ao beijar Yushchenko.
Esse envenenamento é um terrorismo silencioso. Mostra, literalmente, a sua outra face. Como sempre, cruel e desumana.
Um atentado envolto em mistério e camuflado pela dissimulação e ocultado pela extrema covardia. O que passa pela cabeça de uma pessoa ao olhar-se no espelho e ver a sua face transformada a cada dia. Até parece um filme de ficção.
Os atentados em Nova Iorque, Madri e Beslan foram contra a vida de várias pessoas e inocentes crianças. Foram atentados visíveis, provocaram comoção e solidriedade dos povos da Terra. Os fatos foram divulgados instantaneamente pela mídia do planeta. Foram tragédias insanas. E irracionais. Atentados fulminantes contra a vida. Como esquecermos os aviões indo de encontro às torres do World Trade Center. Como esquecermos as vitimas do metrô de Madri. Como esquecermos o olhar inconsolável da mãe acariciando a face do filho sem vida em Beslan.
O terrorismo contra Viktor Yushchenko é lento. A cada manhã seu rosto será diferente. Um atentado com prazo de validade.
No entanto, o atentado a Viktor Yushchenko foi sorrateiro, silencioso e sem estardalhaço.
Uma forma de atentado que mutila, degenera e transforma a imagem da pessoa, um atentado a auto-estima. Uma tortura sem a presença física do torturador.
Com sua face deformada Viktor Yushchenko nos mostra a outra face do terror: sorrateiro, covarde e macabro.