"Um Eco Que Era Meu"
Ouvi um eco, era eu:
lembrei de algumas palavras esquecidas...
Alguns gestos e comportamentos,
sombras de cicatrizes, restos de uma vida,
com marcas de feridas...
Algumas secas, outras tão recente.;
houve um passado, trazendo um presente,
repleto de novidades,
nele havia angustias e saudades.
Cada lembrança, um momento de reflexão...
Tantos assistiram, fizeram parte...
Nos momentos de angustia,
era o centro das atenções...
Havia uma platéia, que atenta assistia,
sentado, observando, ouvia com atenção.
Aquele cão, que ser!
Um palco e uma platéia,
Um ator, e observador...
Um homem, e um cão...
Um atuava e o outro olhava.
Ele sorria, dedicado e agradecido...
Velho quadrúpede, amigo e companheiro:
nunca reclamou do seu mal cheiro...
Aceitava às broncas e a falta de dinheiro.
Comia o que tinha, dividia às alegrias,
nada era negado, nem seu leito era separado.
Sonho e desejos,
eram refletidos em breves lampejos...
Na cabeça dos dois companheiros,
Cada um deles um desejo...
Um sonho, e uma saudade.
KaKá Ueno.
16 03 02.
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