Usina de Letras
Usina de Letras
154 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62215 )

Cartas ( 21334)

Contos (13261)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50610)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->JOGO DE PALAVRAS -- 05/02/2002 - 03:08 (EDMILSON SANCHES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JOGO DE PALAVRAS
(E. SANCHES)

--- Você devia querer, sim! Claro, diabos! Você chega em casa, diz que leu na revista minha nota curtíssima (Minha Nossa, você é belíssima!) e me prova que também é fanática por fenômenos paranormais. E no momento em agora a provo sobre este feno observo que seu corpo não é normal, olha só: Acaso são estas pernas pernas de mulher comum? Aliso espremo tremo martirizo gemo, já estou no recôncavo baiano, carne de mãos contra carnes de pernas, nervo de Touro em carnes de Virgem, você delira, quer, não quer... E este busto farto, macio, carnudo, é de mocinha qualquer? Não, não é. É tudo. Acoplo minhas mãos em concha sobre o contorno dessas mamas, viro criança, menino do buchão, neném. E choro -- quem não chora, não mama. E mamo. E beijo. Você quer, não quer, se treme, se torce, se mexe, se contorce, se se, se sem, só céu, só cio, sacio, silêncio. Silencio. Como, provo (e como provo!), comprovo: seu corpo é paranormal. Precisa ser estudado, em minúcias, talho a talho. Detalhadamente. Cada parte. Cada órgão. Talhado. Retalhado. Desfraldado. Por um especialista. Por mim -- que tanto gosto das coisas fenomenais, paranormais, transcendentais. Você quer, não quer.

--- Você veio, de revista na mão, rostinho lindo na cabeça, muitos recortes de jornais na bolsinha pontuda. Você veio. De blusinha. E de bermuda. Veio da capital. Férias. Familiares. Leu a revista. Me viu. Sobre o tapete (o “feno” de sonos e sonhos meus) espalhamos enigmas, discos-voadores, fim do mundo, nos espalhamos, trocamos idéias. E carícias. Sobre o tapete nos espojamos. Nos despojamos. Trocamos de roupa. Adão e Eva. Você quer, não quer. Aqui estamos. Nós. Nus. Recortes revoam e pousam, descansando as letras que cochicham incertezas. Pedaços de papel nos corpos suados. Um deles sobre o Triângulo das Bermudas. Ele, como todos os mistérios, apenas um jogo de palavras. E de amor. Você vibra. Agora você quer.

Um homem. Uma mulher.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui