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Frases-->Profundamente errado, mas o erro continua... -- 27/07/2006 - 14:15 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUEM TRAZ DE VOLTA OS MORTOS?!...


Cinco exímios e experientes cagalhões...
Vá, tratem-nos por excelentíssimos senhores...


Vamos, caríssimos pedacinhos de trampa, toca a mergulhar.
A secretária das nações reunidas aponta os quilos de merda!...


Sempre que designamos ou sentimos um chefe, estamos desde logo a lesar, em nome do futuro, a humanidade do presente.

Como?!...

É, a inteligência colectiva, adquirida ao longo de milénios e de civilização, não pode ser gerida pela impotentíssima-potência de um só cérebro, o persuadido bem, que, afinal, quanto menos faz e age, mais bem está.

Como?!...

Veja-se e sinta-se a "grandiosidade" histórica da humanidade encimada gloriosa e honrosamente por uma legião de autênticos e trágicos assassinos...

Como?!...

Por controverso exemplo, matute-se sobre o pacífico comportamento de Ghandi: quantas vítimas inocentes provocou?...

Como?!...

Deus, seja ele qual for, só continua a dominar o raciocínio dos humanos porque não existe e por consequência nada faz ou desfaz. Todavia, mesmo assim, ora é considerado o bem, ora o mal de todas as coisas, consoante as situações da existência.

Como?!...

Ah... A solução?... O ideal que nunca é?... Aperfeiçoar o fenómeno da massa humana que de facto governa os "governantes". Não temos nós por vezes a lúcida ideia que essa cambada para nada é precisa?... E não é mesmo.

Vá, agora, pergunto e respondo. Dá vontade de rir, mas não ria: nas gozadas honrarias o chefe vai sempre à frente; nas temidas situações o chefe vai sempre atrás e hoje nem atrás vai... Porquê? Tão-só para que a mesma trampa, que não cessa de fazer, continue. Sabe-lhe bem e dá-lhe um gozo do caraças!...

Dou ideia que não sei aonde o mal começa? Ah... Isso é que sei e limpinho: quando de fome, sede e sono estão todos plenamente saciados, como tendem a possuir-se uns aos outros - os inteligentes - a merda começa de novo.

Então, neste exacto momento, contemple-se os chefes máximos a reunirem-se aflitivamente na tentativa de superar a grandessíssima caganeira que fizeram. É espectacular, né?!...

Memoricamente contemple-se mais: Eis, ridente e tranquílo na evidência da história lusófona, o agora propalado "ditador, facista e criminoso político". E porquê? Porque, durante os 36 anos que exerceu o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal, foi aquele que menor número de mortos portugueses, em plena II Grande Guerra Mundial, produziu. Logo que deixou o timão da nau, quantos desgraçados morreram que neste momento poderiam estar vivos? Vá, tragam os números ou têm medo?



A LUCIDEZ DO PODER



Salvé os humanos autênticos,
aqueles que se sentem deveras na pele e na alma
dos seus concidadãos.

PALAVRAS VIVAS

Devo à Providência a graça de ser pobre; sem bens que valham, por muito pouco estou preso à roda da fortuna, nem falta me fizeram nunca lugares rendosos, riquezas, sustentações. E para ganhar, na modéstia a que me habituei e em que posso viver, o pão de cada dia, não tenho de enredar-me na trama dos negócios ou em comprometedoras solidariedades. Sou um homem independente.

Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar partido que me apoiasse mas em paga do seu apoio me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocrisia ou uma abjecção. Se lhes defendo tenazmente os interesses, se me ocupo das reivindicações dos humildes, é pelo mérito próprio e imposição da minha consciência de governante, não pelas ligações partidárias ou compromissos eleitorais que me estorvem. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre.

Jamais empregarei o insulto ou a agressão de modo que homens dignos se considerassem impossibilitados de colaborar. No exame dos tristes períodos que nos antecederam, esforcei-me sempre por demonstrar como de pouco valiam as qualidades dos homens contra a força implacável dos erros que se viam obrigados a servir. E não é minha a culpa se, passados vinte anos de uma experiência luminosa eles próprios continuam a apresentar-se como inteiramente responsáveis do anterior descalabro, visto teimarem em proclamar a bondade dos princípios e a sua correcta aplicação à Nação Portuguesa. Fui humano.

Penso ter ganho, graças a um trabalho sério, os meus graus académicos e o direito a desempenhar as minhas funções universitárias. Obrigado a perder o contacto com as ciências que cultivava, mas não com os métodos de trabalho, posso dizer que as reencontrei sob o ângulo da sua aplicação prática; e folheando menos os livros, esforcei-me em anos de estudo, de meditação, de acção intensa, por compreender melhor os homens e a vida. Pude esclarecer-me.

Não tenho ambições, não desejo subir mais alto e entendo que no momento oportuno deve outrem vir ocupar o meu lugar, para oferecer ao serviço da Nação maior capacidade de trabalho, rasgar novos horizontes e experimentar novas ideias ou métodos. Não posso envaidecer-me, pois que não realizei tudo o que desejava; mas realizei o suficiente para não poder dizer que falhei na minha missão. Não sinto por isso a amargura dos que merecida ou imerecidamente não viram coroados os seus esforços e maldizem dos homens e da sorte. Nem sequer me lembro de ter recebido ofensas que em desagravo me induzam a ser menos justo ou imparcial. Pelo contrário, neste país, onde tão ligeiramente se apreciam e depreciam os homens públicos, gozo do raro privilégio do respeito geral. Pude servir.

António de Oliveira Salazar



António Torre da Guia
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